O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, processou John Textor, acionista majoritário da SAF do Botafogo. Afinal, o norte-americano deu fortes declarações após a derrota por 4 x 3, de virada, para o Palmeiras, no Nilton Santos, contra a entidade. Furioso, o empresário usou termos como "corrupção" ao reclamar da arbitragem de Braulio da Silva Machado (Fifa-SC), além de pedir a renúncia do mandatário. A informação é do jornal O Globo.
"O mundo todo viu, isso não é cartão vermelho. Ele (Adryelson) pegou a bola primeiro. Não tenho certeza nem se foi falta. Mas não é cartão vermelho, ele mudou o jogo. Isso é corrupção, isso é roubo. Por favor, me multa, Ednaldo (Rodrigues, presidente da CBF), mas você precisa renunciar amanhã de manhã. É isso que precisa acontecer. Esse campeonato se tornou uma piada", disse.
O Glorioso teve a oportunidade de marcar 4 x 1 nos paulistas mas, após pênalti perdido pelo artilheiro do Brasileirão, Tiquinho Soares, O Palestra remontou a um 4 x 3 em menos de 15 minutos. "Ninguém merece isso, esses jogadores do Palmeiras não querem ganhar desse jeito, nós não queremos perder desse jeito. São cinco jogos seguidos. Senhores, vocês jogaram um bom jogo, não é culpa de vocês, mas isso é corrupção. Isso precisa mudar. Ednaldo, você precisa renunciar pelo bem do jogo. Isso precisa acabar. Isso é roubo, me multa. Você não pode me expulsar, é meu estádio, eu vou continuar aqui", esbravejou Textor, à época.
O presidente da CBF, aliás, entrou com processo contra o norte-americano por calúnia e a ação já tramita no 9º Juizado Especial Criminal, na Barra da Tijuca. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ) vai julgar o caso e existe grande possibilidade de que o empresário sofra punições pelas palavras ditas ao se referir à entidade.
STJD suspende John Textor
Antes de precisar lidar com o embate judicial iniciado pela CBF, Textor também recebeu punição do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por conta das suas declarações. O órgão definiu que a pena é de 30 dias e inclui a não permissão, durante o período, de frequentar os estádios das partidas do Glorioso. Além disso, Vinícius Assumpção, vice-presidente do clube, também foi suspenso, já que também ofendeu o quadro de árbitros.
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