Basquete

NBB: Cerrado dita ritmo e bate o São Paulo na Asceb

Com domínio de ponta a ponta, segunda vitória seguida sobre os tricolores em casa devolve lugar na zona de playoffs

Em jogo enérgico, Cerrado bate o São Paulo no Ginásio da Asceb, pelo Novo Basquete Brasil (NBB) -  (crédito: Mateus Tourinho/Cerrado Basquete)
Em jogo enérgico, Cerrado bate o São Paulo no Ginásio da Asceb, pelo Novo Basquete Brasil (NBB) - (crédito: Mateus Tourinho/Cerrado Basquete)
postado em 21/12/2023 20:42 / atualizado em 21/12/2023 21:16

Com uma regularidade surpreendente, o Cerrado venceu seu quinto jogo neste Novo Basquete Brasil (NBB) 2023/2024. O triunfo desta quinta-feira (21/12), contra o São Paulo, foi por 82 x 74, no Ginásio da Asceb, a quarta na quadra brasiliense no campeonato.

A leveza e a velocidade deram mais liberdade de jogo aos cerradistas, com oportunidades claras e convertidas à altura do esperado. Os alviverdes agora voltam à zona de playoffs, ao tomar o 16° lugar do Botafogo, derrotado nesta quarta-feira (20/12) para a Unifacisa. O Soberano, por sua vez, desce uma posição, indo à 12ª, trocando de lugar com o Pinheiros.

1° Quarto: Jogo de tranquilidade

A velocidade tentou ser ponto surpreendente contra a forca física de um bom jogo posicionado em ambos lados. Aliado a isso, a troca de liderança em poucos pontos contribuía para um placar regular.

Nem mesmo a mudança de ambiente com a chegada tardia da torcida tricolor abateu os candangos. Na reta final, abriram sete pontos de dianteira, mas logo foram alcançados, vencendo a parcial por apenas três unidades: 19 x 16.

2° Quarto: Se respeita com bola na cesta

A bola tripla seguia como carro-chefe do jogo alviverde, mas sem tanto aproveitamento, fechando o primeiro tempo com 35,3%, seis convertidas de 17 tentatas. Apenas um ajuste, com infiltrações, podia mudar isto.

O meio-período foi todo cerradista, com boas entradas no garrafão para abrir dez pontos de vantagem e forçar um timeout do outro lado. A esta altura, todas as faltas foram estouradas pelo visitante e nenhuma pelos locais.

A manutenção do ritmo justificou uma vantagem merecida do Cerrado ao intervalo, por 44 x 34, incluindo uma abertura máxima de 15 pontos. O dono dos primeiros 20 minutos foi o ala Gui Santos, com 13 pontos.

3° Quarto: Controle e constância

O segundo tempo teve um dos fatores de jogo mais escancarado do que nunca. Os erros de ataque do São Paulo, mesmo com espaço e tempo para jogar, tirava a condição de reação dos visitantes. A diferença não tirava um longo raio, enquanto o time de Régis Marrelli seguia constante no ataque. Do outro lado, as seguidas falhas, sobretudo do perímetro, mantiveram a tranquilidade dos brasilienses, com parcial favorável de 21 x 17.

A impaciência do técnico são-paulino, Bruno Mortari, já o fazia utilizar a parte mais profunda da rotação para sustentar o fôlego no restante da partida. Mesmo assim, o ritmo alucinante com a bola na mão e uma grande atuação do ala Daniel von Haydin fazia a formação candanga ir a passos largos à vitória.

4° Quarto: Segura o que tem

Mesmo no erro, as coisas davam certo. Era o dia dos candangos. Sem ter de encarar o mesmo paredão físico que encontrou diante do Paulistano, na terça-feira (18/12), a equipe era leve e tinha posicionamento impecável para as diferenças circunstâncias do jogo. Sozinho, em termos, o destaque tricolor foi o cestinha da partida, Tyrone, com 23 pontos.

Em um ritmo quase monótono, a diferença não saía do eixo estabelecido. Foi uma boa oportunidade para alguns atletas como Davi Rossetto mostrarem que a boa fase do Cerrado, por fim, chegou. O próximo compromisso será na rodada dupla no Nordeste, finalizando o ano e o primeiro turno. O primeiro dos jogos é na quarta-feira (27/12), contra o Fortaleza/Basquete Cearense.

Resultado e euforia

Após 11 pontos no segundo tempo, von Haydin faz um balanço do primeiro turno por se encerrar. "A gente busca a vitória contra todas as equipes, sabemos do nosso potencial. Ganhamos do Minas na casa deles, perdemos de três pontos para o Franca fora. Nossa equipe está muito forte", indica.

"Entre derrotas e vitórias, podemos falar do gráfico, mas se for olhar todos os jogos, estamos em uma crescente desde sempre. A gente vai provar isso nos dois jogos no Nordeste: mesmo se sair com a derrota, que faz parte do esporte, a gente vai apresentar um trabalho de muito esforço", promete o ala. Seguido ao jogo no Ceará, 2023 se encerra com confronto na sexta-feira (29/12), contra a Unifacisa, em Campina Grande, na Paraíba.

Sobre o bom resultado desta quinta-feira, os atletas alviverdes acreditam na construção de uma boa forma. "Foi uma vitória extremamente importante. Nosso time consegue trabalhar cada um no seu momento, estamos buscando melhorar isso. Temos feito bons jogos, melhorado a confiança, não importa a equipe que vamos enfrentar", relata Daniel.

O camisa 30 descreve a presença do banco de reservas na atuação, onde a superioridade numérica geral foi a favor para o triunfo. "A gente confia um no outro. Temos uma equipe muito trabalhadora, que entra com a energia que o Cerrado tem que ter e isso que faz a diferença. Entramos melhor que eles. Todo mundo do banco tem o mesmo espaço de quem está jogando", opina.

*Estagiário sob supervisão de Marcos Paulo Lima

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação
-->