Condenado a nove anos de prisão por participar de um estupro coletivo contra uma jovem albanesa, o ex-atacante Robinho se vê como vítima de racismo da Justiça Italiana. Acusado de violência sexual, ele foi julgado no país europeu, em três instâncias. A sentença final, na mais alta corte, saiu em janeiro de 2022. Ao ex-jogador, portanto, não cabe mais recurso.
Robinho, aliás, também insiste que tem provas de sua inocência.
“Só joguei quatro anos na Itália e já cansei de ver histórias de racismo. Infelizmente, isso tem até hoje. Foi em 2013, estamos em 2024. Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato (racismo) são os mesmos que me condenaram. Com certeza, se o meu julgamento fosse para um italiano branco, seria diferente. Sem dúvidas. Com a quantidade provas que eu tenho, não seria assim”, disse Robinho, em entrevista à TV Record.
O ex-jogador sustenta que teve uma relação consensual com a vítima na noite do crime (em 2013, em uma boate, em Milão). E reitera que as investigações não indicaram a presença de seu DNA no corpo da moça.
“Tivemos uma relação superficial e rápida. A gente trocou beijos, fora isso, fui embora para casa. Em nenhum momento ela empurrou, falou ‘para’. Tinha outras pessoas no local. Quando vi que ela queria continuar com outros rapazes, fui embora para casa”, colocou.
Robinho no STJ
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) vai apreciar a questão da prisão de Robinho a partir desta quarta-feira (20), data para decidir se homologará a pena contra o ex-jogador do Santos. O país europeu pediu a extradição do ex-atleta às autoridades brasileiras. O Brasil, porém, não extradita seus cidadãos. A Itália, então, pede para que a pena seja cumprida no Brasil. Clique aqui e saiba todos os passos do julgamento!
“Espero que, aqui no Brasil, eu possa ter voz que não tive lá fora. Você quer mostrar suas provas, e não entendi o porquê a Justiça italiana não considerou as provas. Não sou esse monstro. Não fui uma pessoa durante 10 anos e me tornei outra”, acrescentou Robinho.
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