A lutadora de wrestling brasileira Giullia Penalber perdeu a disputa pela medalha de bronze na categoria estilo livre de até 57kg, diante da chinesa Kexin Hong, nesta sexta-feira (9/8), por 10 x 0, mas não deixou de fazer história nos Jogos Olímpicos de Paris-2024.
A campanha registrada pela carioca é a melhor já feita por qualquer atleta do Time Brasil na história da modalidade em Olimpíadas. Portanto, a conquista de uma medalha teria sido a primeira. Anteriormente, Rosângela Conceição conseguiu a oitava colocação na categoria até 72kg, em Pequim-2008.
O wrestling voltou ao programa olímpico em Atenas-2004. Antes, havia sido realizado somente nos Jogos Olímpicos da Antiguidade. Portanto, a caminhada de Giullia já pode ser considerada, inevitavelmente, um sucesso.
A luta contra a chinesa foi dura. Após 30 segundos de muito estudo, a adversária asiática partiu em direção das pernas de Giullia. Agarrada ao corpo da brasileira, Kexin rapidamente somou vantagem expressiva. De pouco em pouco, criou gordura no placar e não deu chances à lutadora verde-amarelo. Com placar de 10 x 0, acabou sem o bronze.
"Vim acreditando que ia ser bronze, bate uma frustração. Mas, em compensação, bate essa sensação de ter sido um feito histórico, de estar na história do wrestling brasileiro e trazer o Brasil para o mapa. O mundo todo pode ver que o Brasil tem o wrestling forte. Essa (garantir um resultado histórico para o Brasil) é uma das grandes missões que tinha trazido para mim, e essa eu cumpri", disse ela, à TV Globo.
"(A chinesa) é uma atleta com histórico negativo para mim. Eu sabia que ela era bastante agressiva, eu tentei trabalhar, mas ela tem uma base muito baixa, e esse é um estilo que é complicado para mim. Mas, apesar de não ter sido da forma que eu gostaria, vivi sentimentos muito mais positivos do que negativos. Há poucos meses atrás eu pensava que nem estaria lutando, e agora eu estou conquistando o melhor resultado brasileiro aqui", complementou ela.
*Estagiário sob a supervisão de Marcos Paulo Lima
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