ATLETISMO

Caio perde aliança durante prova que o consagrou: "Vou encontrar"

Brasiliense revela o drama no início da prova dos 20km da marcha atlética no Mundial de Atletismo em Tóquio e brinca: "Minha esposa só me perdoaria se eu conseguisse outro ouro"

Caio Bonfim em êxtase: brasiliense é o recordista do Brasil em medalhas no Mundial de Atletismo -  (crédito: Kirill Kudryavtsev/AFP)
Caio Bonfim em êxtase: brasiliense é o recordista do Brasil em medalhas no Mundial de Atletismo - (crédito: Kirill Kudryavtsev/AFP)

Toda medalha tem uma história, mas a do primeiro ouro de Caio Bonfim em Mundiais de Atletismo, conquistada nesta sexta-feira (19/9), extrapola a competição e tem influência do casamento com Juliana Bonfim.

“Quero contar uma história antes. A minha aliança caiu no terceiro km (de um total de 20km). Pensei: acho que minha esposa só vai me perdoar se eu conseguir outro ouro. Acho que ela vai perdoar (risos). Vou encontrar. Por que estou falando da minha esposa? Ela me mandou mensagem todos os dias. Ela mandava medalha de ouro, dizendo para acostumar. É incrível, ainda não caiu a ficha”, compartilhou, ao SporTV.

Caio Bonfim foi consagrado campeão dos 20km da marcha atlética na 8ª participação do Mundial. Foi uma prova surpreendente. Uma semana depois da prata obtida nos 35km, marchou contra o tempo para se recuperar fisicamente e colher o ouro maduro. 

A dourada de Caio Bonfim o coloca em um patamar restrito. Agora, ele é o terceiro campeão do Brasil no Mundial, ao lado de Fabiana Murer em 2011 (salto com vara) e Alison dos Santos (400m com barreiras) em 2022.

"Somos campeões do mundo. Ainda não entendi nada. Valeu a pena. Ninguém sai de casa batendo no peito dizendo que será campeão. Foi muito emocionante. Minha mãe (Gianetti, também treinadora dele) deve estar muito alegre", discursou.

Ouro nos 20km do Mundial de Tóquio se junta à prata dos 35km e a dois bronzes, em Londres-2017 e Budapeste-2023
Ouro nos 20km do Mundial de Tóquio se junta à prata dos 35km e a dois bronzes, em Londres-2017 e Budapeste-2023 (foto: Kirill Kudryavtsev/AFP)

A vitória, com o tempo de 1h18m35s, não vai apenas para as estatísticas: é símbolo de uma carreira moldada com disciplina, resiliência e a capacidade rara de transformar os longos desafios e conquistas.

Caio Bonfim tornou-se o maior medalhista do Brasil em Mundiais. Os bronzes nos 20km em Londres-2017 e Budapeste-2023 se juntam à prata dos 35km em Tóquio e, agora, ao ouro da prova que é a especialidade dele. 

O pódio dos 20km masculino ficou completo com o Zhaozhao Wang, prata com 1h18min43s, seguido pelo espanhol Paul McGrath (1h18min45s). O catarinense Mateus Corrêa foi sétimo (1h21min04s). Outro brasiliense da turma, Max Santos concluiu em 42º (1h27min34s).

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DQ
postado em 20/09/2025 00:04 / atualizado em 20/09/2025 00:18
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