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Agressão

Governo apresenta plano de combate à violência nas escolas públicas do DF

Ações serão realizadas em parceria com várias pastas do governo e coordenadas pela Secretaria de Educação

Os crescentes casos de violência nas escolas do Distrito Federal acendeu um alerta do Governo e dos especialistas sobre o cenário vivenciado nas escolas da capital do país. Em menos de um mês, três casos de grande repercussão assustaram os moradores: dois estudantes foram esfaqueados e uma terceira foi ameaçada com um revólver na cabeça. Devido à escalada de violência, a Secretaria de Educação falou nesta segunda-feira (28/3) sobre o plano de combate que será implementado pelo GDF.

"O plano envolve várias secretarias, como a de Juventude e a de Esporte. É importante destacar que o governo está atento ao aumento na manifestação de violência das escolas públicas do DF. Episódios sempre aconteceram no DF e sempre adotamos uma cultura de DF e temos programas para coibir isso. Em parceria com as pastas, faremos um grande documento com o plano, mas já temos as questões da Educação concretas", disse a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá.

O pronunciamento foi feito em coletiva de imprensa no Palácio do Buriti, na tarde desta segunda-feira (28/3). A titular da pasta explicou que o plano de ação será publicado no Diário Oficial do DF (DODF) nesta terça (29/3). “O caderno de Convivência Escolar e Cultura de Paz tem ações até o ano que vem, e é um programa com práticas integrativas de saúde. São 126 escolas que foram mapeadas”, destaca.

Na avaliação do titular da pasta de Segurança Pública, Júlio Danilo, o foco é atuar na prevenção dos casos. “A segurança pública costuma agir na consequência gerada, mas precisamos focar na prevenção do problema. Temos um procedimento chamado varredura, que tendo necessidade a procura por algum tipo de objeto o Batalhão Escolar realiza esse trabalho de vistoria dentro da sala de aula e até dentro dos pertences de algum aluno. É um procedimento padrão já realizado por policiais capacitados”, salienta.

O secretário também ressaltou um aumento do efetivo. “Alguns policiais são empregados nas horas de folga para reforço das atividades nos batalhões escolares nas áreas das escolas na entrada ou na saída dos alunos. Mas isso vai de acordo com a necessidade, com os ponto mais ou menos críticos e as demandas dos diretores”, aponta.

Esfaqueados

Em 18 de março, no Centro de Ensino Médio (CEM) 3 de Ceilândia, um estudante foi esfaqueado na barriga, após defender uma colega de turma em uma discussão. Segundo informações, os agressores tentaram acertar uma bolada no rosto da garota e a vítima disse que eles deveriam respeitá-la. No dia seguinte, os dois meninos de 16 anos levaram a faca para esfaqueá-lo.

No Centro de Ensino Fundamental (CEF) do Bosque, de São Sebastião, um novo esfaqueamento em 23 de março. Desta vez, uma adolescente de 14 anos é ferida por outro jovem, de 15 anos, enquanto bebia água na aula de Educação Física. Ela foi socorrida pela professora e recebeu alta na última sexta-feira.

Em 22 de março, mais um episódio de violência no DF: uma mulher de 19 anos apontou uma arma para a cabeça de uma estudante do Centro Educacional (CED) São Francisco, de São Sebastião. A mulher pode ser indiciada por porte ilegal de arma e ameaça.

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