Ensino presencial

Na volta às aulas no DF, pais ainda se preocupam com a pandemia

Mais de 460 mil estudantes voltaram às aulas presenciais nesta segunda-feira (1º/8) para o segundo semestre letivo de 2022. Pais ainda se preocupam com pandemia da covid-19

Pedro Marra
postado em 01/08/2022 09:19
Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 -  (crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)
Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 - (crédito: Ed Alves/CB/D.A. Press)

A volta às aulas na rede pública de ensino, nesta segunda-feira (1º/8), contou com 460 mil estudantes distribuídos em 685 escolas. Nos portões dos colégios, alguns pais se mostravam apreensivos com a pandemia de covid-19.

A empresária Cláudia Mincareli, 48 anos, levou as filhas Júlia, 11, e Isabelli, 14, no Centro de Ensino Fundamental (CEF 1) do Cruzeiro. Assim como outros pais de alunos do colégio, a mãe ainda se diz atenta aos cuidados sanitários contra a pandemia da covid-19.

  • Claudia Mincareli, 48, com as filhas Júlia, 11, e Isabelli, 14, no CEF 1 do Cruzeiro Ed Alves/CB/D.A. Press
  • Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 Ed Alves/CB/D.A. Press
  • Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 Ed Alves/CB/D.A. Press
  • Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 Ed Alves/CB/D.A. Press
  • Alunos do CEF 1 do Cruzeiro voltam às aulas para o segundo semestre letivo de 2022 Ed Alves/CB/D.A. Press

“Minha principal preocupação é com relação às doenças porque as minhas meninas falaram que estavam com medo de voltar por não ter mais tanta proteção, como o uso obrigatório de máscara", conta. No último boletim epidemiológico da Secretaria de Saúde (SES), divulgado na sexta-feira passada (29/7), o DF registrou um óbito de um idoso de 80 anos ou mais por complicações da doença.

O total de mortes pela doença chegou a 11,8 mil, e mais 481 novos casos do vírus foram registrados. A capital chegou a 830,5 mil diagnósticos positivos. A taxa de transmissão era 0,64, abaixo de 1.

Cláudia diz que, pelo fato de as filhas gostarem de abraçar as colegas e de estarem juntas, sempre as aconselha a manterem distância e não compartilhar objetos. “Principalmente pelo medo de infecção (do vírus), porque a gente orienta como somos orientados pelos profissionais de saúde, e, para mãe, sempre tem uma preocupação a mais”, completa a moradora do Guará 1.

Atualmente, a ex-moradora do Sudoeste Rosângela Placides, 56, vive em Sobradinho, mas ainda leva a filha especial, Melissa, 22, de carro para o CEF 1 do Cruzeiro por confiar na gestão integrada da escola. Apesar de ainda estar atenta à pandemia da covid-19, ela cita que o colégio ameniza a preocupação sanitária com as atividades que envolvem a família e as crianças em vários momentos. “Sempre peço para ela usar a máscara e limpar as mãos", diz.

No caso de Melissa, que tem síndrome de Down, a turma especial tem atividades com cozinha experimental e horta. "Em 20 de agosto, vai ter festa agostina, em que nós, pais, e os alunos participamos  trazendo alimentos. Então, a gente fica sabendo da rotina dos estudantes”, contextualiza a mãe. “Vai ser melhor, porque eu queria rever os colegas”, vibra a filha.

Para garantir a segurança no retorno às aulas, o Batalhão de Policiamento Escolar da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) realiza, nesta segunda-feira, a Operação Volta às Aulas, que dura até a próxima sexta (5/8). Entre as ações, está o Escola livre — contra a entrada de alunos com armas ou drogas nas escolas —, Varredura, Bloqueio e Blitz Escolar. Os policiais vão intensificar o policiamento a pé e motorizado e distribuir folders com dicas de segurança aos alunos.

Nesta segunda, os policiais fazem um momento cívico com a Banda de Música da corporação e, em seguida, o Batalhão de Policiamento com Cães (BPCães) faz uma demonstração educativa com os cachorros. Também serão ministradas palestras educativas em sala, com foco na prevenção da violência no ambiente escolar. As ações vão ocorrer a partir das 7h no Centro de Ensino Médio Setor Oeste (Cemso), na Asa Sul, e no Centro de Ensino Fundamental (CEF 1), no Riacho Fundo 2.

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