Senado

Queiroga: não é preciso imunizar todos os professores para volta às aulas

Ministro da Saúde participou da Comissão Temporária da covid-19 nesta segunda e defendeu que escolas retomem atividades presenciais ainda no segundo semestre deste ano

Jéssica Gotlib
postado em 21/06/2021 13:32 / atualizado em 21/06/2021 13:33
Ministro falou aos senadores por videoconferência nesta segunda (21) -  (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)
Ministro falou aos senadores por videoconferência nesta segunda (21) - (crédito: Roque de Sá/Agência Senado)

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, disse na manhã desta segunda-feira (21/6) que a educação ‘é um setor estratégico’ e defendeu o retorno às aulas presenciais ainda no segundo semestre de 2021 nas escolas de todo o país. “No meu entendimento, não é fundamental que todos os professores estejam imunizados com duas doses para o retorno das aulas”, defendeu durante participação na Comissão Especial da Covid-19 no Senado.

Segundo Queiroga, soluções paliativas podem ser adotadas para que surtos da doença sejam evitados nas instituições de ensino. “Com a estratégia adequada de testagem, podemos compatibilizar o retorno das aulas com a identificação dos casos positivos e, a partir daí, ter, já no segundo semestre, o retorno de aulas”, apoiou. Ele colocou que governo busca alternativas conjuntas para encontrar soluções e uma reunião interministerial está agendada para falar sobre o assunto.

A argumentação do ministro está fundamentada em dois pontos principais. Primeiro, de acordo com ele, a educação é um setor estratégico, não só do ponto de vista do aprendizado, mas também para o desenvolvimento de outras políticas públicas. “Nós sabemos que os alunos nas escolas não só têm a educação, eles também têm outras ações importantes e fundamentais, como segurança alimentar, assistência à saúde”, colocou.

Em seguida, ele lembrou que em alguns estados as aulas presenciais já foram retomadas na rede pública, além da volta nas escolas particulares em quase todo o país. Apesar disso, Queiroga não detalhou se o Ministério da Saúde acompanha o número de casos de covid-19 reportados especificamente nestes ambientes e também não especificou quais seriam as estratégias de controle sanitário para possíveis contaminações endêmicas nas instituições. A comissão segue ouvindo representantes do poder público e especialistas em saúde ao longo desta tarde.

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