pandemia

Sinpro-DF avalia que casos de covid-19 ameaçam volta às aulas

Entidade representativa chegou a pedir uma reunião para discutir o tema com a Secretaria de Educação do DF

EuEstudante
postado em 27/01/2022 20:29 / atualizado em 27/01/2022 20:31
 (crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)
(crédito: Carlos Vieira/CB/D.A.Press)

Faltam poucos dias para as aulas do ensino público do Distrito Federal iniciarem, com isso aumenta a preocupação da comunidade escolar diante do avanço exponencial de casos de covid-19, impulsionado pela variante Ômicron. As UTIs — inclusive as pediátricas — lotadas, profissionais de saúde afastados, laboratórios sem dar conta da demanda de testes são sinais de que o cenário está fora de controle.

De acordo com o calendário escolar apresentado pela Secretaria de Educação do DF, o início do ano letivo de 2022 está agendado para 14 de fevereiro. Considerando que o feriado de carnaval começa no dia 28 do mesmo mês, fevereiro agrupa apenas dez dias letivos.

Com isso, o mais prudente, na avaliação do Sindicato dos Professores do Distrito Federal (Sinpro-DF), é adiar o início das aulas presenciais para março, com nova avaliação do cenário do DF no começo desse mês. Isso não quer dizer que os dez dias letivos de fevereiro ficariam perdidos, já que a proposta inclui a realização de ensino remoto neste período.

"Temos ciência de que, nem de longe, o ensino remoto é o mais apropriado para o processo de ensino aprendizado. Isso porque são várias as barreiras impostas, sobretudo, aos estudantes em vulnerabilidade socioeconômica. Entretanto, o ensino remoto foi a única saída apresentada à comunidade escolar diante dos chocantes números de mortes e casos graves causados pela Covid-19 no primeiro semestre de 2021", diz o Sinpro.

Durante mais de um ano, com esforços enormer diante da carência de políticas públicas para a educação, a categoria do magistério público, estudantes e familiares garantiram que o ensino remoto fosse aplicado, evitando que mais de 440 mil alunos da rede pública ficassem sem o acesso ao direito humano à educação. Na avaliação do Sinpro, "urge a necessidade de retomar esse modelo"

A pauta do Sinpro não está alheia à realidade e à necessidade do momento. Somente nessa terça-feira (25/1), a Secretaria de Saúde do DF registrou 10.697 novos casos de covid-19: o maior número desde o início da pandemia, em março de 2020. A taxa de transmissão (RT) está em 1,87, o que quer dizer que 100 pessoas com o vírus infectam outras 187. O RT acima de 1 indica alerta de descontrole da pandemia.

Ainda segundo dados da Secretaria de Saúde, os leitos públicos das UTIs — que teve lotação de 100% por dias — está com quase 92% de ocupação; e nas UTIs neonatais, a ocupação é de pelo menos 50%.

O Sinpro-DF informa que apresentou à Secretaria de Educação a necessidade de debater sobre o assunto. Uma reunião com a secretária da pasta, Hélvia Paranaguá, chegou a ser agendada, mas foi cancelada. Ainda não foi apresentada ao Sindicato uma nova data para o encontro.

Fonte: SINPRO-DF

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação