Nesta terça-feira (22/8), é comemorado o Dia do Educador Especial, uma homenagem aos profissionais que se dedicam à formação de estudantes da educação especial cotidianamente.
No Brasil, a educação especial passou a ser discutida a partir da década de 1970, tornando-se preocupação dos governos com a criação de instituições públicas e particulares, órgãos normativos federais e estaduais e de classes especiais.
De acordo com o professor Fabrício de Abreu, pedagogo, mestre em psicologia e doutor em educação, para a inclusão mais institucionalizada, o Brasil criou em 2008 a Política Nacional de Educação Especial, na perspectiva da educação inclusiva. Além disso, a LBI (Lei Brasileira de Inclusão – 13.146/2015) veio para reafirmar a educação como um direito fundamental e visa assegurar sistemas educacionais inclusivos em todos os níveis, para alcançar o máximo desenvolvimento físico, intelectual, sensorial e intelectual.
No caso específico da educação, a LBI assegura a oferta de sistema educacional inclusivo em todos os níveis e modalidades de ensino, estabelece a adoção de um projeto pedagógico com atendimento educacional especializado e profissionais de apoio e proíbe as escolas particulares de cobrarem valores adicionais por esses serviços.
Perfil profissional
Os profissionais que atuam com estudantes da educação especial, antes de mais nada, devem se colocar em formação continuada e constante sobre os aspectos que compõem o desenvolvimento humano atípico. O aluno da educação especial coloca o docente em constante desafio, pois, compete a ele identificar as rotas pedagógicas que melhor se adaptam ao perfil de cada aluno. Utilizando de métodos e técnicas para visar sempre no avanço e desenvolvimento do aluno, relata Fabrício de Abreu, que é professor do Centro Universitário Estácio de Brasília e professor do ensino especial da Secretaria de Educação do Distrito Federal.
É necessário também que o profissional esteja bem capacitado para conviver com alunos em que a aprendizagem acontece de forma diferenciada. "As dificuldades baseiam em torno da falta de comunicação plausível de entendimento imediato por parte dos alunos", afirma Betânia Barreiros, pedagoga na área educação especial e deficiências múltiplas.
Dia a dia nas escolas
São muitos os desafios impostos na inclusão - número de alunos em sala, profissionais de apoio, garantia de atendimento educacional especializado - “porém, os professores, mesmo em contexto desafiados, enveredam esforços para que os alunos sob a sua responsabilidade estejam na escola não apenas para socializar ou para cumprir a legislação, mas para que de fato aprendam os conteúdos necessários para a vida em sociedade”, afirma Fabrício.
Semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla
Esta é semana Nacional da Pessoa com Deficiência Intelectual e Múltipla. A ação tem como objetivo a conscientização da sociedade de que a deficiência é um evento que atravessa a vida de milhões de pessoas que não conseguem acessar o mercado de trabalho ou chegar a níveis mais elevados de escolarização. Não por uma limitação orgânica, mas pela restrição de participação engendrada por uma sociedade capacitista que exclui e nega tudo aquilo que foge da lógica hegemônica de desenvolvimento, explica Fabrício de Abreu.
*Estagiária sob supervisão de Thays Martins
Educação básica
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