A Universidade Católica de Brasília (UCB) ficou em primeiro lugar no Distrito Federal entre as instituições particulares avaliadas pelo Índice Geral de Cursos Avaliados da Instituição (IGC) de 2019. O material foi divulgado na manhã desta sexta-feira (23/4) e avalia a qualidade do ensino superior no país.
No apanhado geral da Capital Federal, que considera instituições públicas e particulares, a Universidade de Brasília (UnB) figura em 1º lugar e é seguida pela UCB, em 2°. O Centro Universitário ICESP (Unicesp) aparece na 3° colocação. O DF não registrou nenhuma nota máxima, ficando o pódio na faixa do IGC quatro.
Saiba Mais
Os dados levam em consideração 2.070 instituições de ensino superior, tanto públicas quanto privadas. Para que um curso tenha o IGC calculado, de acordo com o Inep, é preciso que a instituição tenha, no mínimo, um curso com CPC calculado no triênio de referência.
No cálculo do IGC, leva-se em conta o Conceito Preliminar de Cursos (CPC) do triênio 2017-2019, a média dos conceitos de avaliação dos programas de pós-graduação stricto sensu atribuídos pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), e a distribuição dos estudantes na graduação ou pós-graduação stricto sensu.
UCB fica em 4° lugar entre as universidades particulares de todo o país
A UCB alcançou a 4ª posição no ranking das universidades particulares melhor avaliadas no Brasil. À frente aparecem a Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), a Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), a Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) -- todas na faixa quatro.
Para o reitor da instituição, Ricardo Pereira Calegari , a nota é resultado de um trabalho de muitos anos e preocupação com a qualidade do ensino. “A Universidade Católica vem melhorando todos os anos. Se você pegar o índice do ano passado, foi um pouco menor que esse. Então, nós estamos conseguindo melhorar os índices ano a ano. É um trabalho que não tem fim”, observa.
Ele considera a colocação de destaque no cenário nacional algo positivo para a instituição, representando o trabalho para colocar a UCB entre as primeiras instituições no Brasil, quando o assunto é qualidade de ensino. “No DF ela já vinha sendo a melhor particular há algum tempo, mas no cenário nacional tem melhorado o ranking. A UCB estava em quinto (lugar) e passou para quarto”, afirma.
“A UCB é uma universidade, o que a diferencia bastante das demais. No Distrito Federal, é a única universidade. A UCB ficou em primeiro lugar não só porque é uma universidade, mas independente dela ser uma universidade. Para nós é difícil porque nós temos mais obrigações legais que outras intituições”, explica.
Para docente, a nota é resultado do investimento na qualidade
O coordenador dos cursos de biomedicina e farmácia da UCB, Fernando Pucci, descreve que o indicador reflete diretamente na inserção no mercado de trabalho. "Afinal, vir de uma universidade com um alto índice de qualidade significa, em sua maioria, ter profissionais com formação de qualidade, prontos para enfrentar os desafios do mercado no Brasil e no mundo”, observa.
Também de acordo com Paulo, a nota é resultado do investimento em uma equipe de excelência, bem treinada; de corpo docente preparado e de alta formação; e de estudantes interessados e comprometidos.
“Não podemos deixar de levar em consideração a estrutura da universidade, onde temos laboratórios e salas de aula muito bem equipados. Tudo isso em conjunto só poderia nos levar a um resultado tão satisfatório”, considera. “Ficamos, claro, muito felizes com os resultados obtidos, pois é um sinal de que nossos esforços valeram a pena.”
Confira a lista de como foram avaliadas as instituições de ensino superior particulares, tanto com fins lucrativos quanto sem fins lucrativos, no IGC 2019 na tabela abaixo ou por meio deste link.
Instituições particulares têm melhorado desempenho no IGC
Nesta edição do IGC, a maior parcela das instituições particulares avaliadas (65,35%) ficou com nota três na avaliação de 2019. A proporção que cada um dos resultados obtidos se dispôs na seguinte ordem: nota um (0,33%), nota cinco (1,55%), nota dois (12,88%), nota quatro (19,88%) e nota três (65,35%).
O resultado da edição de 2019 demonstra a continuidade de uma tendência de melhora nas avaliações, que pode ser observado em comparação com o indicador referente a 2017. Entre as notas um, a proporção, em 2017, representava 0,52% das instituições avaliadas, enquanto em 2019 representou 0,33%.
As notas de valor cinco, que representam a avaliação máxima de qualidade, entre 2017 e 2018, subiram de 0,98%, para 1,55% das instituições privadas avaliadas. Confira o gráfico abaixo ou por meio deste link.
*Estagiário sob a supervisão da editora Ana Sá