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Reitora da UFRJ assumirá a Secretaria de Educação Superior do MEC

Com a ida de Denise Pires de Carvalho para o MEC, o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, ocupará o posto de reitor da UFRJ

Eu Estudante
postado em 06/01/2023 19:10 / atualizado em 06/01/2023 19:50
Denise foi a primeira mulher, depois de quase 100 anos, a ocupar o posto de reitora da UFRJ -  (crédito: Artur Moês (SGCOM/UFRJ))
Denise foi a primeira mulher, depois de quase 100 anos, a ocupar o posto de reitora da UFRJ - (crédito: Artur Moês (SGCOM/UFRJ))

O ministro da educação Camilo Santana (PT) anunciou, na tarde desta sexta-feira (6/1), a nova secretária de Educação Superior, Denise Pires de Carvalho. Reitora da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) desde julho de 2019, Denise foi a primeira mulher, depois de quase 100 anos, a ocupar o o cargo de dirigente na maior universidade federal do país.

O convite para participar da Secretaria de Educação Superior (Sesu) partiu diretamente do ministro Camilo Santana, que afirmou ter buscado professores de federais com experiência para ocupar os postos do Ministério da Educação (MEC). Com a ida de Denise para a função no MEC, o vice-reitor, Carlos Frederico Leão Rocha, ocupará o posto de reitor da UFRJ até julho deste ano, quando o mandato, que começou em julho de 2019, termina.

A docente representa a América Latina no Comitê Diretor da Talloires Network of Engaged Universities, coalizão global que reúne 410 reitores e gestores universitários de 79 países que se comprometeram a fortalecer as responsabilidades sociais de suas instituições. É o maior consórcio do mundo, focado no engajamento das universidades em desafios da sociedade. Denise também é vice-presidente regional da Inter-American Organization for Higher Education (OUI-IOHE) e vice-presidente da Conferência Regional de Reitores das Universidades Latino-Americanas (Crula).

Revisora de mais de 20 revistas científicas internacionais e autora de cerca de 170 artigos indexados em periódicos, Denise conquistou diversos prêmios, entre eles o Prêmio Sênior da Sociedade Latino-Americana de Tireoide 2010 e o Prêmio Faz Diferença – Saúde 2011, do jornal O Globo. Já foi diretora e vice-diretora do Instituto de Biofísica Carlos Chagas Filho (IBCCF/UFRJ), coordenadora acadêmica da Pró-Reitoria de Graduação (PR-1/UFRJ), além de diretora-adjunta de graduação e pós-graduação.

A reitora da Universidade de Brasília (UnB), Márcia Abrahão, comemorou as escolhas de Santana para a equipe do MEC, composta por maioria de mulheres. “O Centro-Oeste e a UnB estão em festa com a Mercedes Bustamante na CAPES. A querida Denise Carvalho @ReitoraUFRJ na SESU é tudo de melhor para a educação superior”, disse Márcia nas redes sociais.

A Sesu é responsável por planejar, orientar, coordenar e supervisionar o processo de formulação e implementação da política nacional de educação superior. Também é atribuição da Secretaria propor e executar programas voltados para a ampliação do acesso e da permanência de estudantes na etapa da formação superior. Em conjunto com o Fundo Nacional para o Desenvolvimento da Educação (FNDE), é responsável pela política de oferta e financiamento e de apoio ao estudante do ensino superior.

A nova equipe do MEC é composta por Katia Schweickardt na secretaria de educação básica; Helena Sampaio na Secretaria de Regulação e Supervisão do Ensino Superior; Getulio Marques Ferreira, na Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica; Zara Figueiredo na Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização de Jovens e Adultos, Diversidade e Inclusão; Maurício Holanda na Secretaria de Articulação com os Sistemas de Ensino; Mercedes Bustamante presidirá a Capes; Márcia Angela, que presidirá a Fundação Joaquim Nabuco; e Manuel Palácios, que presidirá o Inep.

Confira a fala de Denise na posse:

Estar à frente da Sesu será uma honra enorme! Enquanto estiver na condução da Secretaria, manterei diálogo permanente com as instituições de ensino superior. Agradeço muito a confiança do ministro Camilo Santana. Temos muito trabalho pela frente na Sesu, mas, ao mesmo tempo, muita disposição para fazer a diferença a fim de fortalecer as políticas públicas voltadas ao ensino superior brasileiro. Precisamos combater a evasão de estudantes das universidades e garantir que eles concluam a formação acadêmica. Outro desafio é fazer do Brasil um país atrativo para que nossos melhores profissionais desenvolvam suas carreiras aqui. É necessário construir um cenário de oportunidades que favoreçam universidades, estudantes e a formação continuada de professores. Isso fortalecerá o sistema educacional brasileiro e aperfeiçoará a visibilidade da educação superior do Brasil pelo mundo. Dessa forma, caminharemos para termos um país verdadeiramente independente, como acontece em todos os países desenvolvidos.

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