Com a vitória de Joe Biden no Arizona, o primeiro estado a "virar de lado" nos Estados Unidos, todas as atenções se voltam para três dos sete estados em que ainda não se pode afirmar o vencedor. Até o momento, Biden tem 2,2 milhões de votos a mais que Trump, mas, nas parciais, é Donald Trump quem vai levando a melhor. Com 86 delegados ainda em disputa, o placar pode consagrar qualquer dos dois candidatos. Pelo que se desenha, o resultado pode ser tão apertado que pode levar dias até que o vencedor seja definido (siga apuração em tempo real).
Pensilvânia (20), Geórgia (16), Michigan (16), Carolina do Norte (15), Wisconsin (10), Nevada (6) e Alaska (3). Esses são os estados e respectivos delegados que ainda faltam definir o vencedor - e é em Michigan, Wisconsin e Pensilvânia que você deve ficar atento - vale ressaltar que o trio foi tradicionalmente democrata nas últimas eleições, mas todos votaram para Trump em 2016. O fato é que não haverá margem larga para Trump ou Biden, qualquer que seja o resultado. Dos 270 delegados necessários para ser declarado vencedor, Joe Biden já tem 238 e Donaldo Trump, 213 (entenda o modelo das eleições americanas).
O peso do centro-oeste norte-americano será decisivo nessa reta final. Biden disse, no início da manhã desta quarta-feira (4/11) que está se sentindo otimista com os resultados de Wisconsin e Michigan. Próximo de fechar a apuração, Wisconsin está com Biden até então, enquanto Michigan está com Trump, mas ainda deve contar mais de meio milhão de votos. A declaração se dá porque, até então, o democrata vem bem atrás na Pensilvânia, onde precisa tirar a diferença de quase 700 mil votos entre os 3 milhões que ainda serão apurados - porém, com a virada do Arizona, sua vitória se tornou possível, mesmo perdendo a Pensilvânia, caso confirme Wisconsin e Nevada e consiga virar Michigan (13,5 mil dos 538 mil restantes). Nesse cenário, Biden já atingiria os 270 delegados necessários para se tornar presidente.
Mas a ansiedade vai continuar por um tempo - para contabilizar os votos antecipados por correspondência que chegaram a partir da terça-feira (3/11), o estado suspendeu a divulgação de sua apuração até esta quinta-feira (5/11), quando o anúncio será realizado pela Divisão Eleitoral do estado. Os republicanos chegaram a alegar problemas em máquina de contagem de votos e pediram à Suprema Corte do estado para que processo fosse interrompido, mas pedido não foi atendido. Os votos presenciais já foram contabilizados.
Agora, afinal, por que tanta dúvida? Porque com votação antecipada recorde, a Pensilvânia não vai mais divulgar dados parciais dos votos recebidos pelos serviços postais e ele foi um dos estados que mais receberam votos nessa modalidade. Nesse momento, ainda há mais de 30% dos votos a serem computados e a Filadélfia, tradicionalmente democrata mas que votou por Trump em 2016, pode mudar de lado novamente com a participação massiva dos cidadãos da Filadélfia. E se a combinação de resultados (Wisconsin, Nevada e Michigan) já não der a vitória a Biden, é na Pensilvânia que os últimos votos definirão o presidente.
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