Os signatários do acordo nuclear iraniano declararam nesta segunda-feira (21/12) que estão dispostos a "responder positivamente" à "perspectiva de um retorno dos Estados Unidos" à mesa.
Os ministros das Relações Exteriores europeus, chinês, russo e iraniano se reuniram para tentar acalmar a situação, enquanto se espera a posse do novo governo americano e em meio aos recentes passos do Irã, que o afastam cada vez mais de seus compromissos.
Essa reunião foi virtual, devido à pandemia.
"Os ministros concordaram em continuar o diálogo (...) e falaram sobre a perspectiva de retorno dos Estados Unidos, destacando que estão dispostos a responder positivamente em um esforço conjunto", disse um comunicado comum.
A controversa em torno do programa nuclear iraniano aumenta desde o assassinato no final de novembro do físico nuclear iraniano Mohsen Fakhrizadeh.
Após o ataque, atribuído a Israel, a ala mais dura no Irã prometeu uma resposta, fragilizando um pouco mais o acordo assinado em Viena em 2015.
No início de dezembro, França, Reino Unido e Alemanha expressaram sua "profunda preocupação" com a instalação, em Natanz (centro), de três novas cascatas de centrífugas avançadas de enriquecimento de urânio.
Os três países se preocuparam com a adoção, no Parlamento iraniano, de uma lei controversa sobre o programa nuclear. Se promulgada, provavelmente significará o fim do acordo.
Este texto pede ao governo para reforçar claramente o programa nuclear e encerrar as inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA).
O presidente iraniano se mostrou confiante em que o presidente eleito dos EUA, Joe Biden, voltará ao acordo do qual Donald Trump se retirou.
Biden, que assumirá a Presidência em 20 de janeiro, confirmou sua vontade de retornar ao Acordo de Viena.
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