Pandemia

Governo Biden expressa apoio e elogia OMS na luta contra a covid-19

O retorno do alinhamento com a OMS é uma das primeiras medidas de Biden no combate à covid-19, que ele afirma ser uma das prioridades do início de governo

Agência France-Presse
postado em 21/01/2021 08:23
 (crédito: Patrick Semansky/Pool/AFP)
(crédito: Patrick Semansky/Pool/AFP)

Genebra, Suíça - O novo governo dos Estados Unidos, com visão oposta à do ex-presidente Donald Trump, fez nesta quinta-feira (21/1) seu grande retorno à OMS, garantindo apoio e elogiando o papel de liderança na luta contra a pandemia de coronavírus.

Menos de 24 horas após tomar posse, o novo presidente americano, Joe Biden, marcou diferença em relação ao antecessor, que sempre minimizou a pandemia de covid-19 e rejeitou a Organização Mundial da Saúde, chamando-a de "fantoche" da China, ao trazer o imunologista Anthony Fauci para uma reunião do conselho executivo da organização sanitária.

Em seu discurso, Fauci, que já era membro da célula de crise do presidente Trump e que foi nomeado conselheiro por Joe Biden, anunciou que os Estados Unidos "pretendem cumprir suas obrigações financeiras para com a organização".

Ele também "agradeceu à Organização Mundial da Saúde por seu papel de liderança na resposta global de saúde pública a esta pandemia".

E, disse ele, "os Estados Unidos estão prontos para trabalhar em parceria e em solidariedade para apoiar a resposta internacional à covid-19, para mitigar seu impacto no mundo, para fortalecer nossas instituições, avançar na preparação para futuras epidemias, e melhorar a saúde e o bem-estar de todos os povos do mundo".

O número de mortes causadas pela covid-19 nos Estados Unidos excedeu na quarta-feira o de soldados americanos falecidos durante a Segunda Guerra Mundial: a maior potência mundial já lamenta 405.400 vítimas fatais desde o início da pandemia. País mais enlutado em termos absolutos, os Estados Unidos também são o mais afetado em termos de número de casos (mais de 24,4 milhões).

Joe Biden reafirmou que o combate à pandemia seria uma de suas prioridades. Entre as primeiras medidas, ele ordenou o retorno dos Estados Unidos à OMS.

"Ontem (quarta-feira), o presidente Biden assinou cartas retratando o anúncio do governo anterior de se retirar da Organização, e essas cartas foram encaminhadas ao secretário-geral das Nações Unidas e a você, caro amigo", o chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, declarou Fauci.

"Família de nações"

Ele também anunciou que o presidente Biden deve emitir, ainda hoje, uma diretriz em que anunciará a intenção dos Estados Unidos de aderir ao dispositivo Covax, criado pela OMS para distribuir vacinas contra a covid em países desfavorecidos.

"Este é um grande dia para a OMS e um grande dia para a saúde global", respondeu o chefe da OMS.

"A OMS é uma família de nações e todos nós estamos felizes que os Estados Unidos permaneçam na família. Somos uma família", acrescentou.

Em julho passado, Washington, que havia denunciado a "má gestão" pela OMS da pandemia e sua complacência com a China, lançou oficialmente o procedimento para a retirada americana da instituição, pesando sobre as escassas finanças da OMS.

Falando sobre a missão internacional de especialistas da OMS que está atualmente na China para investigar as origens do novo coronavírus, Fauci desejou que a investigação seja "robusta e clara".

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