Polícia britânica investiga desaparecimento de menina ligado a assassino em série

Durante a gravação de um documentário, uma produtora de TV informou que haviam encontrado um material azul enterrado no porão do café Clean Plate. Mary Bastholm vestia um casaco azul quando foi vista pela última vez

Agência France-Presse

postado em 18/05/2021 10:44 / atualizado em 18/05/2021 10:44

(crédito: Maurenilson Freire/CB/D.A Pres)

A polícia britânica iniciará escavações em café em Gloucester, no sudoeste da Inglaterra, em busca de uma adolescente desaparecida há 53 anos, que pode ter sido vítima de um dos mais famosos assassinos em série do país.

Uma equipe forense começou trabalhos exploratórios no café Clean Plate, depois que a polícia recebeu informações que poderiam ligá-lo ao desaparecimento de Mary Bastholm, então com 15 anos, vista pela última vez em janeiro de 1968.

Fred West, que se suicidou aos 52 anos na prisão, em 1995, enquanto esperava ser julgado por 12 assassinatos teria confessado o assassinato de Mary a seu filho.

Entre suas vítimas, estão sua filha de 16 anos e sua enteada, de 8. Muitas foram torturadas e mantidas em servidão sexual.

Sua mulher, Rosemary, agora com 67 anos, cumpre pena de prisão perpétua sem possibilidade de liberdade condicional por dez destes homicídios.

Os restos mortais de suas vítimas foram encontrados em 1994, desmembrados no jardim, no porão e no solo da casa dos West, batizada pela imprensa de "Casa do terror".

Outros corpos, incluindo o da ex-esposa de West, foram encontrados em suas antigas casas em cidades próximas.

O caso chocou o Reino Unido.

Recentemente, uma produtora de televisão informou à polícia que, durante a gravação de um documentário, haviam encontrado um material azul enterrado no porão do café Clean Plate. Mary Bastholm vestia um casaco azul quando foi vista pela última vez.

"A análise dos nossos especialistas e do material fornecido pela produtora significa que há evidências suficientes para justificar o início dos trabalhos de escavação", afirmou o inspetor-chefe John Turner.

"Falei com a família" e "eles entendem que é possível que não encontremos restos humanos, mas também sabem que faremos todo possível para estabelecer se Mary está enterrada neste lugar", frisou Turner, acrescentando que "será um trabalho lento e minucioso".