Pelo menos 3.000 pessoas se vieram obrigadas a fugir após o ataque à localidade de Solhan, no nordeste de Burkina Faso - disse nesta terça-feira (8/6) o Alto Comissariado da ONU para Refugiados (Acnur), que condenou firmemente o massacre.
O Acnur deu um balanço de 138 pessoas mortas neste ataque, cometido na madrugada de sábado (5/6), embora fontes locais tenham informado à AFP que houve 160 mortes. Este foi o mais grave massacre cometido por supostos jihadistas no país desde 2015.
"Cerca de 40 pessoas ficaram gravemente feridas e foram internadas em hospitais da região e da capital, Ouagadougou", disse o porta-voz do Acnur, Babar Baloch, em entrevista coletiva em Genebra.
"Cerca de 3.300 pessoas que temiam por suas vidas fugiram para povoados vizinhos, incluindo 2.000 crianças e mais de 500 mulheres", acrescentou.
Segundo o porta-voz, o Acnur e seus parceiros trabalham com as autoridades locais para construir em torno de 200 abrigos e prestar assistência a esses deslocados, embora precisem de "mais recursos" para conseguir fornecer a ajuda humanitária necessária.
Solhan fica perto da fronteira com Mali e Níger.
Outro ataque aconteceu na noite de sexta-feira (4/6) em outro vilarejo da mesma região, Tadaryat. Nele, morreram pelo menos 14 pessoas.
As forças de segurança de Burkina Faso não conseguem controlar a espiral de violência jihadista que o país sofre desde 2015. Já são mais de 1.400 mortos e um milhão de deslocados que fogem de áreas violentas.
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