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Colômbia entregou aos EUA supostos guerrilheiros do ELN e traficante de drogas

Dois cidadãos colombianos apresentados como guerrilheiros do ELN foram entregues pela Colômbia aos EUA

Correio Braziliense
postado em 19/08/2021 17:32 / atualizado em 19/08/2021 17:37
 (crédito: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)
(crédito: Gustavo Moreno/CB/D.A Press)

A Colômbia entregou aos Estados Unidos nesta quinta-feira (19) dois cidadãos colombianos que apresentou como guerrilheiros do ELN e um suposto integrante da maior organização do narcotráfico do país.


"As duas primeiras extradições para os Estados Unidos da América de membros do Exército de Libertação Nacional (ELN) estão sendo realizadas neste momento", disse o Ministério da Justiça em um comunicado.


Os supostos guerrilheiros detidos e entregues às autoridades americanas são Yamit Rodríguez (codinome "Choncha") e Henry Trigos ("Henry"), procurados pelo Tribunal do Distrito Sul do Texas por tráfico de drogas.


José Gabriel Álvarez, conhecido como "Gabriel" e integrante do ELN, "também será extraditado para os Estados Unidos nos próximos dias" pelo mesmo crime, assim que se recuperar da covid-19, acrescentou o Ministério.


A última guerrilha reconhecida no país após a assinatura da paz em 2016 com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) nega que essas pessoas pertençam a suas fileiras.


As autoridades também extraditaram Alexánder Montoya Úsuga ("El Flaco"), integrante do Clã do Golfo, principal organização de traficantes de drogas do país e de origem paramilitar.


Capturado em Honduras em 2012 e primo do líder máximo da organização, Montoya é processado pelo Tribunal do Distrito Sul da Flórida por tráfico de drogas, segundo o Ministério da Defesa.


O governo anunciou em março a extradição de onze integrantes da guerrilha ELN, ativa desde 1964 e composta por cerca de 2.300 combatentes.


O presidente Iván Duque encerrou as conversações de paz de seu antecessor, o ganhador do Prêmio Nobel da Paz, Juan Manuel Santos, com a organização, após um atentado com carro-bomba contra uma academia de polícia que deixou 22 cadetes mortos, além do agressor.


O presidente exige de Cuba a extradição dos rebeldes que permaneceram em seu território após o fracasso da negociação, mas a ilha rejeita o pedido, alegando respeito aos protocolos que assinou com a Colômbia e os países patrocinadores, que preveem o retorno da delegação ao seu país de forma segura.


A Colômbia é o maior produtor de cocaína do mundo e os Estados Unidos são o principal consumidor dessa droga.

 


© Agence France-Presse

 

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