A oposição da Venezuela solicitou ao governo do presidente Nicolás Maduro que retome as negociações para pôr fim à crise política no país, depois que o Executivo chavista se afastou da terceira rodada de diálogo prevista para ontem, no México.
"Exortamos a contraparte a retomar o quanto antes às sessões no México para produzir os acordos necessários", disse o líder da delegação opositora, Gerardo Blyde, em entrevista coletiva na Cidade do México.
O encontro deveria se estender até a próxima quarta-feira (20) na capital mexicana. No entanto, no sábado, o governo Maduro anunciou que não compareceria à reunião, depois que Alex Saab, empresário colombiano com nacionalidade venezuelana, foi extraditado de Cabo Verde para os Estados Unidos, que o acusa de lavar dinheiro para o governo venezuelano.
"Ninguém é mais importante que o povo venezuelano", comentou Blyde, ao lamentar o "novo atraso", produzido nas negociações iniciadas em agosto com mediação da Noruega.
O líder opositor disse que a delegação da chamada Plataforma Unitária viajou à Cidade do México por seu "compromisso com o povo venezuelano" e manifestou sua disposição para seguir avançando no diálogo.
"Tínhamos muitas expectativas sobre esta reunião e estas expectativas continuam para a próxima [...]. Queremos abordar com profundidade todos os temas da agenda, pois só assim poderemos chegar a acordos que produzam soluções para o país", acrescentou.
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Blyde se referiu à "crise humanitária" na Venezuela, que, segundo ele, tem reflexos no setor da saúde, ao fracasso econômico que obrigou cerca de 5 milhões de pessoas a deixarem o país e à falta de garantias democráticas.
Em agosto, representantes do governo venezuelano e da oposição iniciaram uma rodada de negociações na Cidade do México, com o objetivo de superar a grave crise no país. A conversa foi mediada por representantes da Noruega, e contou com o apoio da Holanda e da Rússia, que atuaram como acompanhantes. Um “grupo de amigos”, com integrantes de diversas nações, participou das tratativas.
A segunda rodada de diálogo foi realizada em setembro, quando colocaram em pauta os "acordos parciais". Os governistas buscavam o levantamento das sanções econômicas e os opositores, levantaram a bandeira das eleições livres e com garantias.
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