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ONU alerta sobre aumento de refugiados afegãos e pede ajuda econômica

O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, alertou sobre um aumento de refugiados afegãos em meio a temores crescentes sobre o colapso econômico do país

Agence France-Pressee
postado em 07/12/2021 18:51 / atualizado em 07/12/2021 18:52
 (crédito:  Images via AFP)
(crédito: Images via AFP)

O alto comissário das Nações Unidas para Refugiados, Filippo Grandi, alertou sobre um aumento de refugiados afegãos em meio a temores crescentes sobre o colapso econômico deste país devastado pela guerra, e pediu ajuda financeira urgente.

"Sem dúvida, corremos o risco de uma implosão que provocará um afluxo de pessoas dentro do país, embora a essa altura também fora do país, em busca de melhores condições de vida", disse Grandi a repórteres por videoconferência desde Genebra.

A Organização das Nações Unidas (ONU) advertiu repetidamente que o Afeganistão está à beira da pior crise humanitária do mundo.

Mais da metade da população de 38 milhões do Afeganistão deverá enfrentar a fome neste inverno, de acordo com grupos de ajuda humanitária, enquanto a economia oscila à beira do colapso devido à interrupção da ajuda internacional, após o retorno do Talibã ao poder.

Grandi garantiu que a crise pode, no entanto, ser evitada, mas que isso requer uma ação mais rápida em termos de implementação de sistemas que garantam que a economia afegã possa funcionar, que os serviços continuem e que o fluxo de caixa para o país seja restaurado.

Por décadas, o Irã foi o destino favorito dos refugiados afegãos que fugiam da guerra e de problemas econômicos.

Apesar do risco de fome no Afeganistão, o Irã tem expulsado recentemente dezenas de milhares de afegãos todas as semanas, incluindo aqueles que vivem lá há muito tempo.

De acordo com a Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur), há 3,4 milhões de afegãos no Irã, incluindo cerca de dois milhões de migrantes sem documentos e 800.000 refugiados.

Além disso, cerca de 3,5 milhões de afegãos foram deslocados dentro de seu país, muitos deles antes do Talibã assumir o poder em agosto, de acordo com estimativas da ONU.

 

 

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