Antivacina, campeão olímpico húngaro morre por covid-19, aos 51 anos

Em novembro, o ex-atleta foi internado em estado grave por complicações respiratórias e precisou ser transferido de cidade para receber cuidados especializados em um hospital de Budapest

Correio Braziliense

postado em 25/01/2022 21:48 / atualizado em 25/01/2022 21:48

O húngaro Szilveszter Csollany - (crédito: The Budapest Herald)

No mesmo dia em que o guru antivacina Olavo de Carvalho faleceu em decorrência da covid-19, outra personalidade vítima das fake news foi feita do outro lado do mundo: o ex-ginasta e campeão olímpico húngaro Szilveszter Csollany, aos 51 anos. Internado desde novembro por consequências da doença, ele não resistiu e morreu nesta segunda-feira (24/1).

Em novembro, o ex-atleta foi internado em estado grave por complicações respiratórias e precisou ser transferido de cidade para receber cuidados especializados, em um hospital de Budapest. Lá, ele registrou piora e precisou de ventilador pulmonar. Após dois meses, não resistiu.

Csollany não escondia o pensamento antivacina. No perfil dele no Facebook, diversos posts contra a vacinação eram compartilhados. Um deles mostra um debate entre um ex-político húngaro que “deprecia de forma inconspícua” um homem denominado por ele como “fanático pela vacinação”. O atleta também compartilhou notícias falsas sobre hospitalização em Israel e sobre a eficácia dos imunizantes contra a covid-19.

De acordo com os médicos que o atenderam, o ex-atleta só tomou a dose única do imunizante da Janssen dias antes de adoecer, por ser requisito obrigatório para continuar a ser treinador de crianças, profissão que ocupava. No entanto, o imunizante, que precisa de um tempo de ação no corpo para produzir a proteção, não teve tempo para fazer efeito.

O ex-atleta conquistou as Olimpíadas de Sydney, em 2000, nas argolas, e, em 1996, conquistou a medalha de prata em Atlanta. Em 2022, ele também foi o campeão absoluto no Campeonato Mundial de Argolas.

 

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