Crise na Ucrânia

Putin começa a retirar tropas, mas Biden alerta "grande possibilidade" de invasão

Biden mantém pressão sobre Rússia; Bolsonaro desembarca na Rússia; bolsa de valores volta ao azul

Aline Brito
postado em 15/02/2022 23:38
 (crédito:  AFP)
(crédito: AFP)

A crise na Ucrânia segue tendo desdobramentos e a tensão no Leste Europeu continua em alta. Nesta terça-feira (15/), novos episódios envolvendo os Estados Unidos e a Rússia mantiveram as atenções mundiais voltadas ao risco de um ataque russo à Ucrânia.

O presidente russo, Vladimir Putin, anunciou, nesta terça-feira (15), o início da retirada das forças russas concentradas por vários meses nas fronteiras ucranianas. Diante da decisão, Joe Biden, líder dos EUA, se pronunciou e elogiou a iniciativa, mas disse que ainda há "uma grande possibilidade", da Rússia atacar a Ucrânia e manteve a pressão sobre Moscou

A saída das tropas “seria positivo”, de acordo com o discurso feito por Biden na Casa Branca. Mesmo assim, os Estados Unidos ainda não verificaram a implementação. “Ao contrário, nossos especialistas consideram a invasão uma possibilidade muito distinta”, reafirmou.

Esses militares, de acordo com o presidente americano, agora são mais de 150 mil. Esse contingente permanece em uma posição ameaçadora, ao redor da Ucrânia, no lado russo ou em Belarus. "Os Estados Unidos estão preparados para o que acontecer. Estamos prontos com a diplomacia. Estamos prontos para responder decisivamente ao ataque russo à Ucrânia", garantiu.

Bolsa no azul

Com o aceno da “retirada parcial”, conforme disse Putin, Wall Street voltou a operar no azul. Segundo os resultados definitivos no fechamento da bolsa de Nova York, o índice principal Dow Jones subiu 1,22%, fechando a 34,988,84 pontos, uma recuperação após três sessões consecutivas de perdas. O Nasdaq, predominantemente tecnológico, subiu 2,53%, a 14.139,76 unidades, enquanto o índice ampliado S&P 500, das 500 maiores companhias negociadas na bolsa, subiu 1,58% a 4.471,07 pontos.

"As ações romperam a tendência de três sessões com perdas após o anúncio de que a Rússia começou a retirar suas tropas da fronteira ucraniana, acalmando um pouco as tensões na região", destacaram os analistas da companhia Schwab.

Bolsonaro em solo russo

O presidente Jair Bolsonaro (PL), desembarcou na manhã desta terça-feira (15/2) em Moscou para encontro com Vladimir Putin, que acontecerá na quarta-feira (16/2). Para que esse encontro aconteça, os russos exigiram que Bolsonaro fique em isolamento até o momento da reunião com Putin, inclusive a distância entre os dois dependerá do teste de Covid. Caso Bolsonaro teste positivo, terá que ficar a seis metros do presidente russo.

A chegada de Bolsonaro justamente no dia em que Putin anunciou a retirada das tropas, gerou meme na internet. O assunto foi o mais comentado no Twitter e os internautas brincaram que o presidente teria “evitado a guerra”.

*Com AFP

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