Importação

França proíbe importação de carne de animais tratados com antibióticos de crescimento

A França decidiu suspender a importação de carne de animais tratados com antibióticos para promover seu crescimento, proibido na União Europeia desde 2006

Agence France-Pressee
postado em 21/02/2022 17:15 / atualizado em 21/02/2022 17:17
França proíbe importação de carne de animais tratados com antibióticos de crescimento -  (crédito: Oswaldo Reis/Esp. CB/D.A Press)
França proíbe importação de carne de animais tratados com antibióticos de crescimento - (crédito: Oswaldo Reis/Esp. CB/D.A Press)

A França interromperá as importações de carne de animais tratados com antibióticos para promover seu crescimento, cujo uso está proibido na União Europeia (UE) desde 2006, informou nesta segunda-feira (21) o governo.

O Diário Oficial deve publicar nesta terça-feira o decreto que proíbe a importação ou a comercialização desses produtos durante um ano.

O texto dá dois meses aos profissionais para que "preguntem a seus fornecedores e obtenham garantias de que a carne não procede de uma exploração que utiliza antibióticos para o crescimento", declarou à AFP o ministro da Agricultura, Julien Denormandie.

Fora da UE, onde está proibido desde 2006, alguns criadores acrescentam antibióticos aos alimentos dos animais para favorecer seu crescimento, e não com fins terapêuticos.

Esta prática está sendo questionada por sua contribuição para o surgimento de micróbios resistentes aos antibióticos utilizados para tratar infecções humanas ou animais.

"Não faz sentido em termos de saúde ambiental" e é "uma aberração em termos de soberania, ao fazer nossas belas e respeitosas produções locais competir [...] com produtos procedentes de explorações que ainda utilizam esses antibióticos de crescimento", afirmou o ministro, quecitou como exemplo grandes países exportadores de carne de aves, como Brasil, Ucrânia e Tailândia.

A proibição de importar esses produtos era esperada, a nível europeu, até o fim de janeiro de 2022, o mais tardar.

Para Bruno Dufayet, da organização Interbev, que representa o setor na França, a medida apenas será 100% eficaz "se for aplicada no conjunto do mercado europeu".


 

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