Conselho de segurança

Embaixador brasileiro na ONU reafirma voto contrário à Rússia, mas atenua discurso

Ronaldo Costa Filho alertou para o risco que medidas mais contundentes possam provocar fome e intensificar os conflitos

Taísa Medeiros
postado em 27/02/2022 19:50 / atualizado em 27/02/2022 20:05
 (crédito: ONU/Divulgação)
(crédito: ONU/Divulgação)

O embaixador brasileiro na Organização das Nações Unidas, Ronaldo Costa Filho, reafirmou, em reunião extraordinária neste domingo (27/2), o voto do Brasil contrário à Rússia. A reunião determinou a convocação extraordinária da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) para segunda-feira (28/2).

Costa Filho atenuou o discurso em relação ao da última sexta-feira (25/2), em que condenou veementemente a invasão à Ucrânia. Agora, o embaixador alertou que sanções econômicas de Europa e Estados Unidos mais o envio de armas para a Ucrânia podem piorar a situação do conflito.

"O fornecimento de armas, o recurso a ciberataques e a aplicação de sanções seletivas, que podem afetar setores como fertilizantes e trigo, com forte risco de aumentar a fome, acarretam o risco de agravar e espalhar o conflito e não de resolvê-lo. Não podemos ignorar o fato de que essas medidas aumentam os riscos de um confronto mais amplo e direto entre a OTAN e a Rússia", argumentou.

O embaixador também defendeu que o Conselho ainda não exauriu os recursos para conter o avanço do conflito. “O Conselho, com a sua responsabilidade de manter a paz internacional, não exauriu ainda os mecanismos de que dispõe de contribuir para uma solução diplomática em direção à paz”, afirmou. Costa Filho ainda reiterou o pedido para que cessem as hostilidades e para que haja diálogo entre as partes envolvidas.

Apenas a Rússia foi contra a resolução aprovada para que ocorra uma Sessão de Emergência. Foram 11 votos a favor, um contra e três abstenções da China, Índia e Emirados Árabes Unidos.

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