GUERRA NO LESTE EUROPEU

FMI e Banco Mundial preparam pacote de socorro à Ucrânia

Em declaração conjunta, a diretora-gerente FMI, Kristalina Georgieva, e o presidente do Bird, David Malpass, dizem que estão "profundamente chocados" com a guerra e anunciam pacote de crédito de US$ 5,2 bi

Correio Braziliense
postado em 02/03/2022 00:07 / atualizado em 02/03/2022 00:11
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI -  (crédito: LUDOVIC MARIN)
Kristalina Georgieva, diretora-gerente do FMI - (crédito: LUDOVIC MARIN)

O Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Mundial (Bird) anunciaram que estão preparando um pacote de crédito para socorrer a Ucrânia no valor de US$ 5,2 bilhões.

Conforme declaração conjunta da diretora-gerente FMI, Kristalina Georgieva, e do presidente do Bird, David Malpass, divulgada na noite desta terça-feira (1º/3), ambos “estão profundamente chocados e entristecidos pelo devastador custo humano e econômico causado pela guerra na Ucrânia”.

Na última quarta-feira, a Rússia invadiu o país integrante da antiga União Soviética, desencadeando uma nova crise geopolítica. O presidente russo Vladimir Putin colocou as armas nucleares em alerta máximo, e passou a sofrer sanções da maioria dos países, como bloqueio do sistema de pagamentos internacionais Swift e congelamento dos recursos do Banco Central da Rússia.

De acordo com o texto, o FMI pretende liberar uma linha de crédito adicional de US$ 2,2 bilhões, por meio do acordo de stand-by até junho. O Bird, por sua vez, prepara um pacote de apoio de US$ 3 bilhões para a Ucrânia “nos próximos meses, começando pelo desembolso rápido de US$ 350 milhões que será submetido à aprovação do Conselho na próxima semana.

Outros US$ 200 milhões serão desembolsados para saúde e educação. “Este pacote incluirá a mobilização de financiamento de vários parceiros de desenvolvimento e congratulamo-nos com o apoio já anunciado de muitos parceiros bilaterais”, disse o texto.

A declaração ainda destacou que a alta dos preços das commodities deverá alimentar ainda mais o risco de inflação, que atinge mais os pobres. “As perturbações nos mercados financeiros continuarão a piorar se o conflito persistir. As sanções anunciadas nos últimos dias também terão um impacto econômico significativo. Estamos avaliando a situação e discutindo as respostas políticas apropriadas com nossos parceiros internacionais”, afirmou o texto.

“A ação internacional coordenada será crucial para mitigar os riscos e navegar no período traiçoeiro à frente. Esta crise afeta a vida e os meios de subsistência das pessoas em todo o mundo, e oferecemos a elas todo o nosso apoio”, completou a nota.

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