Guerra na Ucrânia

Zelensky vê risco 'real' de Rússia usar armas químicas na Ucrânia

Volodymyr Zelensky disse que existe um risco "real" de que a Rússia use armas químicas em território ucraniano

Agence France-Presse
postado em 24/03/2022 14:30 / atualizado em 24/03/2022 14:30
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky -  (crédito: Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP)
Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky - (crédito: Handout / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP)

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse nesta quinta-feira (24) que existe um risco "real" de que a Rússia use armas químicas em território ucraniano e acusou as forças russas de lançarem bombas de fósforo.

"A ameaça de um uso em grande escala de armas químicas por parte da Rússia no território da Ucrânia é real", afirmou Zelensky, por videoconferência em uma cúpula do G7, acrescentando que seu governo tem informações sobre o uso de bombas de fósforo pelas tropas russas.

Em um discurso proferido pela manhã e transmitido em uma cúpula extraordinária da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Zelensky já havia denunciado o uso de bombas de fósforo.

Nesta quinta, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, anunciou que a organização decidiu abastecer os grupos de combate táticos estacionados em seu flanco leste com equipamentos para lidar com estas armas e ameaças não convencionais (químicas, biológicas e nucleares).

"Pode se tratar de detecção, equipamento, proteção e apoio médico, assim como formação sobre contaminação e de gestão de crise", acrescentou.

"Também melhoramos o estado de preparação das forças" dos países da Otan, disse Stoltenberg.

"O comandante supremo das forças militares da Aliança, general Walters, ativou os elementos de defesa química, biológica, radiológica e nuclear da Otan, e nossos aliados (os países da Otan) possuem os meios de defesa para reforçar as forças dos Grupos Táticos", prosseguiu.

"Tomamos essas medidas para apoiar a Ucrânia e nos defendermos", assegurou.

A aliança militar transatlântica emitiu fortes advertências à Rússia, no caso do uso de armas químicas, ou biológicas.

Nos últimos anos, os países ocidentais responsabilizaram a Rússia por dois casos de envenenamento com o agente nervoso Novichok. O primeiro deles foi o ataque contra o ex-espião russo Serguei Skripal na Inglaterra, em 2018, e o segundo, contra o opositor político Alexei Navalny, em 2020.

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