Rússia e Finlândia

Rússia cortará fornecimento de eletricidade à Finlândia

A partir deste sábado a Rússia vai suspender o fornecimento de eletricidade à Finlândia, devida a aproximação do país nórdico da Otan

Agence France-Presse
postado em 13/05/2022 18:27 / atualizado em 13/05/2022 18:27
 (crédito: Kenzo Tribouillard / AFP)
(crédito: Kenzo Tribouillard / AFP)

A Rússia vai suspender o fornecimento de eletricidade à Finlândia neste sábado (14), anunciou a empresa importadora, em um momento de crescente tensão bilateral, devido à aproximação do país nórdico da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), na esteira da ofensiva russa na Ucrânia.

"Somos forçados a suspender a importação de eletricidade a partir de 14 de maio", informou a operadora RAO Nordic, uma filial do grupo estatal russo InterRAO, com sede em Helsinque.

"A RAO Nordic não tem capacidade de fazer pagamentos pela eletricidade importada da Rússia", explicou a companhia.

"Esta é uma situação excepcional, sem precedentes nos 20 anos da nossa história", acrescentou o grupo, que espera que a situação se resolva "em breve" e que o abastecimento seja retomado.

Já a operadora da rede elétrica finlandesa, Fingrid, garantiu que pode prescindir das importações de eletricidade da Rússia.

"Estávamos preparados para isso e não será difícil. É possível gerenciar [a situação] com um pouco mais de importações de Suécia e Noruega", disse à AFP Timo Kaukonen, responsável de operações da Fingrid.

O governo finlandês anunciou, na quinta-feira (12), sua intenção de apresentar a candidatura do país à Otan, marcando uma guinada na política de neutralidade em vigor desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

O Kremlin, por sua vez, advertiu, imediatamente, que o ingresso da Finlândia na Otan seria, "sem dúvida", uma ameaça à Rússia. Os dois países têm uma fronteira comum de 1.300 km.

A Suécia também pretende iniciar discussões para se somar à aliança militar transatlântica liderada pelos Estados Unidos.

Essas iniciativas ocorrem em um contexto de forte aumento das preocupações com segurança regional, devido à operação militar russa na Ucrânia, lançada em 24 de fevereiro por ordem do presidente Vladimir Putin.

 

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