VENEZUELA

Para Maduro, licença dos EUA à empresa Chevron é positiva, mas insuficiente

A Chevron foi autorizada no sábado a retomar suas atividades nas empresas conjuntas que tem com a Petróleos da Venezuela (PDVSA)

Agence France-Presse
postado em 30/11/2022 17:17 / atualizado em 30/11/2022 17:17
 (crédito: Yuri Cortez/AFP)
(crédito: Yuri Cortez/AFP)

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, comemorou nesta quarta-feira (30/11), como um passo na "direção certa", a autorização dos Estados Unidos para que a gigante americana de energia Chevron opere no país sul-americano, mas pediu a suspensão total das sanções financeiras impostas por Washington.

As licenças que o governo americano deu à Chevron e a outras empresas "sem sombra de dúvida estão na direção certa, embora não sejam suficientes para o que a Venezuela exige, que é a suspensão completa de todas as medidas coercitivas unilaterais sobre a indústria petroleira", disse Maduro durante uma coletiva de imprensa.

A Chevron foi autorizada no sábado a retomar suas atividades nas empresas conjuntas que tem com a Petróleos da Venezuela (PDVSA), embora tenha que assegurar, segundo o Departamento do Tesouro, que a estatal não receberá rendimentos diretamente pelas vendas da companhia americana.

O anúncio ocorre depois que o governo Maduro e a oposição assinaram um acordo para liberar 3 bilhões de dólares da Venezuela bloqueados no exterior por sanções, a fim de destiná-los a projetos sociais.

"A ideia de tirar a Venezuela do circuito econômico do mundo foi ruim, uma ideia extremista de Donald Trump, e estão pagando por isso porque a Venezuela faz parte da equação energética mundial", afirmou Maduro.

"Doa a quem doer, temos que estar aí, somos uma grande potência petroleira e vamos ser uma potência gasífera", acrescentou o líder venezuelano.

Embora formalmente mantenha a linha da administração Trump de não reconhecer Maduro por questionar sua reeleição em 2018, o governo de Joe Biden tem estabelecido contatos com o presidente socialista em meio à crise energética provocada pela invasão russa da Ucrânia.

Em março, Biden enviou uma delegação a Caracas. Maduro disse esperar que a liberação dos recursos pelo acordo assinado com a oposição seja imediata.

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