ESTADOS UNIDOS

11 de Setembro: após 22 anos, relembre o atentado às Torres Gêmeas

Segundo relatório da Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas nos Estados Unidos, divulgado três anos depois dos ataques, o governo estava "despreparado" e agiu no improviso

O ataque às Torres Gêmeas, em Noca York, no dia 11 de setembro de 2001, deixou cerca de 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos -  (crédito: AFP)
O ataque às Torres Gêmeas, em Noca York, no dia 11 de setembro de 2001, deixou cerca de 3 mil mortos e mais de 6 mil feridos - (crédito: AFP)
Aline Gouveia
postado em 11/09/2023 11:34 / atualizado em 11/09/2023 14:49

Há exatos 22 anos, em 11 de setembro de 2001, o mundo ficou estarrecido com um dos maiores ataques terroristas da história moderna. Quatro aviões, no espaço aéreo dos Estados Unidos, foram sequestrados por extremistas islâmicos e jogados contra prédios-símbolo do poder americano. Os choques mais impactantes foram quando dois deles explodiram as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova York. 

A barbárie foi de autoria da rede terrorista Al-Qaeda, sob o comando de Osama Bin Laden, e deixou aproximadamente 3 mil mortos, além de mais de 6 mil feridos. 

Outra aeronave comercial foi lançada ao Pentágono e deixou 184 mortos, e a última caiu na Pensilvânia, causando 44 mortes (cerca de vinte pessoas sobreviveram e foram retiradas vivas dos escombros). Todo o atentado teria durado uma hora e 46 minutos.

Segundo o relatório final da Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas nos Estados Unidos, divulgado três anos depois, o governo dos Estados Unidos estava "despreparado" e agiu no improviso no momento do atentado terrorista. "Naquele dia de setembro, nós estávamos despreparados. Não percebemos a magnitude da ameaça que estava se formando na época. Como detalhamos em nosso relatório, houve uma falha de política, de administração, de capacidade e -acima de tudo - uma falha de imaginação", diz o documento.

O relatório aponta que houve falha no controle da entrada dos terroristas, falta de inclusão de suspeitos terroristas em listas de proibição de voos nos EUA e ausência de alerta após prisão de um terrorista. "O governo dos Estados Unidos simplesmente não foi ativo o suficiente no combate à ameaça terrorista antes do 11 de setembro. Muito da nossa resposta no dia 11 de setembro foi improvisada e ineficiente", pontua a Comissão. 

  • O secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, participa de uma cerimônia de colocação de coroas ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP
  • O Departamento de Defesa realizou uma cerimônia em memória das vidas perdidas no ataque terrorista de 2001 WIN MCNAMEE / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / GETTY IMAGES VIA AFP
  • Secretário de Defesa dos EUA, Lloyd Austin, e o presidente do Estado-Maior Conjunto, general Mark Milley ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP

Além disso, o relatório destaca que o atentado causou "traumas insuportáveis": "Em 11 de setembro de 2001, 19 homens armados com facas, estiletes e gás de pimenta penetraram os sistemas de defesa da nação mais poderosa do mundo. Eles causaram traumas insuportáveis no nosso povo e viraram a ordem internacional de cabeça para baixo."

Impactos

De acordo com a União Geofísica Americana, o impacto dos aviões causaram abalos sísmicos de 0,9 a 2,3 de magnitude na escala Richter. Um terceiro prédio também teria caído por conta de falhas estruturais geradas por um incêndio de sete horas — causados pela queda das torres. 

Possíveis outros alvos

Conforme relatos colhidos pela Comissão Nacional sobre os Ataques Terroristas nos Estados Unidos, é possível perceber que os passageiros de um avião tentaram invadir a cabine e isso fez com que os terroristas derrubassem a aeronave antes. Até hoje não se sabe ao certo qual era o alvo da aeronave, mas acredita-se que poderia ser a Casa Branca ou o Capitólio.

Memória

Nesta segunda-feira (11/9), o governo dos Estados Unidos realiza uma solenidade em memória das vítimas do atentado terrorista. Pelas redes sociais, o presidente Joe Biden comentou sobre a data. "O 11 de Setembro é um dia não apenas para ser lembrado, mas um dia de renovação e determinação para todos os americanos – na nossa devoção a este país, aos princípios que ele incorpora, à nossa democracia. É isso que devemos uns aos outros. E o que devemos às futuras gerações de americanos."

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