Eleições

Ultraliberal e contra aborto: quem é Javier Milei, novo presidente da Argentina

O economista ultraliberal foi declarado vencedor após derrotar Sergio Massa no segundo turno das eleições

O economista ultraliberal e antissistema já havia vencido as primárias rompendo o bipartidarismo argentino -  (crédito: Luis ROBAYO / AFP)
O economista ultraliberal e antissistema já havia vencido as primárias rompendo o bipartidarismo argentino - (crédito: Luis ROBAYO / AFP)
postado em 19/11/2023 21:07 / atualizado em 20/11/2023 09:52

O ultraliberal Javier Milei, 53 anos, é o novo presidente da Argentina após derrotar Sergio Massa no segundo turno das eleições, realizadas neste domingo (19/11). Com pouco mais de 90% dos votos apurados, o comitê eleitoral argentino declarou a vitória de Milei.

O economista ultraliberal e antissistema já havia vencido as primárias rompendo o bipartidarismo argentino com as promessas de dinamitar" o Banco Central, cortar os gastos públicos, reduzir ao mínimo o papel do Estado e acabar com a "casta política e ladra".

Entre outras crenças, o economista tem como bandeira a defesa do livre mercado e é um ferrenho opositor ao aborto. Milei também considera as mudanças climáticas, que assola o mundo e é um risco à humanidade e ao planeta, "uma farsa" da esquerda.

O candidato argentino também propõe o fim do Estado e se define como anarcocapitalista, uma corrente de pensamento que defende um modelo de capitalismo sem qualquer regulação do Estado.

Vida pessoal

Milei é filho de uma dona de casa e um motorista de ônibus, que depois virou empresário do transporte. O lar onde cresceu, ao lado da irmã Karina, era violento e ele sofreu bullying na escola. Ele foi criado pela avó materna.

Durante a adolescência foi goleiro do Chacaritas Juniors, clube argentino, e também esteve em uma banda de rock chamada Everest, que tocava músicas do Rolling Stones.

Por conta da criação, não tem uma boa relação com os pais. Em 2018, quando trabalhava como apresentador de talk show na TV argentina, disse que os pais estavam "mortos" para ele, contudo, teria voltado a falar com ambos durante a pandemia, segundo o La Nacion.

Ele é próximo da irmã, que se tornou coordenadora de campanha dele nas eleições e também de seus quatro cachorros (Murray, Milton, Robert e Lucas), os quais chama de "filhos de quatro patas".

Além disso, o novo presidente tem formação acadêmica em economia pela Universidade de Belgrano, na Argentina, e tem dois mestrados na área. Trabalhou durante anos em consultorias, bancos e grupos de políticas econômicas.

Ideias de campanha

A proposta mais conhecida usada na campanha é a de dolarizar a moeda, acabando com a desvalorização do peso. Também fez promessas de fechar o Banco Central e privatizar empresas estatais.

Além disso, durante a campanha ele disse que permitiria a venda gratuita de armas de fogo e até órgãos humanos, propostas que foram duramente criticadas.

Clonagem

Após a morte de um de seus cachorros, Milei surpreendeu ao contar que enviou amostras de DNA de Conan, o qual chamava de 'confidente', para uma empresa de clonagem.

Os quatro outros cachorros que possuí hoje são resultado desse processo: Murray, Milton, Robert e Lucas, receberam nomes de ídolos economistas do presidente.

Milei usou também um médium para conversar com seus cães. Além disso, o médium teria entrado em contato com o primeiro cão dele, Conan, que teria lhe dado a missão de se tornar presidente da Argentina.

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