Um novo bombardeio atingiu a cidade portuária de Hodeida, no Mar Vermelho, a oeste do Iêmen, após rebeldes huthis terem lançado um foguete do local. O grupo controla as Forças Armadas do país desde 2014. O ataque é atribuído aos Estados Unidos e ocorre um dia depois de vários bombardeios contra o grupo acusado de ameaçar o tráfego marítimo.
- Como é a dura vida dos dalits, os intocáveis da Índia
- A mensagem de Biden ao Irã após novo ataque aos houthis no Iêmen
Os huthis controlam parte do Iêmen e fazem parte do autoproclamado "eixo de resistência", que inclui o Hamas, o Hezbollah libanês e outros grupos armados hostis a Israel. A atividade desses movimentos no Iêmen, no Líbano, na Síria e no Iraque aumentou desde a eclosão da guerra em Gaza no início de outubro de 2023.
Autoridades norte-americanas informaram que se trata de "uma ação de acompanhamento de um alvo militar específico", relacionado com os ataques da véspera. De acordo com os huthis, o ataque atingiu a base aérea de Al Dailami na capital do país, Sanaa, sob controle do grupo que tem apoio do Irã.
Esses bombardeios contra o Iêmen aumentam os temores de uma conflagração regional da guerra entre Israel e o movimento radical islâmico Hamas na Faixa de Gaza. Estados Unidos, Reino Unidos e oito aliados disseram que a operação, ocorrida há dois dias, visa "desescalar as tensões" e "restaurar a estabilidade no Mar Vermelho", após os inúmeros ataques dos huthis nessas águas.
O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, pediu aos envolvidos para "não agravarem" a situação volátil na região, disse seu porta-voz. Na sexta-feira, o Conselho de Segurança da ONU fez reunião de emergência para adotar uma resolução exigindo que os huthis parem de atacar navios no Mar Vermelho.
Saiba Mais
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br