ESTADOS UNIDOS

Morre soldado dos EUA que ateou fogo ao próprio corpo

Ao chegarem ao local, constataram que o fogo já havia sido extinto por agentes do Serviço Secreto, órgão encarregado de proteger as embaixadas em Washington

Membros da divisão uniformizada do Serviço Secreto dos EUA bloqueiam o acesso a uma rua que leva à Embaixada de Israel em Washington  -  (crédito: Mandel NGAN / AFP)
Membros da divisão uniformizada do Serviço Secreto dos EUA bloqueiam o acesso a uma rua que leva à Embaixada de Israel em Washington - (crédito: Mandel NGAN / AFP)
postado em 26/02/2024 14:45

Um integrante da Força Aérea dos Estados Unidos morreu após atear fogo ao próprio corpo no fim de semana diante da embaixada israelense em Washington, em protesto contra a guerra em Gaza, informou o Pentágono nesta segunda-feira (26).

Uma porta-voz da Força Aérea disse que o homem, cujo nome não foi divulgado, "sucumbiu aos ferimentos e faleceu ontem à noite", no domingo. 

"Forneceremos detalhes adicionais 24 horas após a conclusão das notificações aos familiares", acrescentou.

Equipes de emergência se deslocaram à embaixada de Israel em Washington no domingo, pouco antes das 13h, horário local (15h no horário de Brasília), em resposta a um "chamado para uma pessoa em chamas" no local, de acordo com uma mensagem na rede social X do Corpo de Bombeiros da capital americana.

Ao chegarem ao local, constataram que o fogo já havia sido extinto por agentes do Serviço Secreto, órgão encarregado de proteger as embaixadas em Washington.

A mídia local informou que o sujeito, que usava uniforme, aparentemente fez uma transmissão ao vivo na rede social Twitch, garantindo que não seria "cúmplice do genocídio" antes de se encharcar com um líquido, em referência às ações militares de Israel em Gaza.

Ele então ateou fogo ao próprio corpo enquanto gritava "Palestina livre", até que caiu no chão, segundo relatos

O ato ocorreu em um momento em que aumentam os protestos nos Estados Unidos contra a ação militar de Israel em Gaza, que realiza intensos bombardeios e operações terrestres contínuas, em uma guerra em retaliação ao ataque sem precedentes perpetrado no seu território em 7 de outubro pelo grupo islamista palestino Hamas.

Naquele dia, os milicianos do Hamas mataram 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250, segundo um relatório da AFP baseado em dados israelenses.

O número de mortos em Gaza devido à resposta de Israel aproxima-se dos 30.000, a maioria deles civis, de acordo com o Ministério da Saúde da área governada pelo Hamas, aumentando a pressão internacional sobre os Estados Unidos para que interrompam seu aliado tradicional, Israel, e consigam um cessar-fogo.

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