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Gaza: ataque contra fila de comida deixa mais de 100 mortos

O Exército israelense negou a responsabilidade e citou que os moradores morreram pisoteados durante a distribuição de ajuda humanitária

Palestinos lamentam perto de corpos no Hospital Kamal Edwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, depois que soldados israelenses abriram fogo contra residentes de Gaza que correram em direção a caminhões carregados com ajuda humanitária -  (crédito:  AFP)
Palestinos lamentam perto de corpos no Hospital Kamal Edwan em Beit Lahia, no norte da Faixa de Gaza, depois que soldados israelenses abriram fogo contra residentes de Gaza que correram em direção a caminhões carregados com ajuda humanitária - (crédito: AFP)

Um ataque israelense durante uma fila que distribuía comida na Cidade de Gaza deixou 104 pessoas mortas nesta quinta (29/2). As fontes israelenses confirmaram os tiros contra a multidão, mas negaram a responsabilidade e o Exército israelense citou que os moradores morreram pisoteados durante a distribuição de ajuda humanitária.

"O número de mortos no massacre da rua Al Rashid (onde os alimentos eram distribuídos) é de 104 mortos e 760 feridos", afirmou o porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, Ashraf Al Qudra. O primeiro balanço divulgado por um hospital da região apontava 50 vítimas.

Testemunhas relataram à AFP que avistaram milhares de pessoas correndo em direção dos caminhões de ajuda humanitária que se aproximavam da rotatória de Nablus, localizado ao oeste da Cidade de Gaza, que é a principal cidade do norte do território.

A Organização das Nações Unidas (ONU) calcula que 2,2 milhões de pessoas da Faixa de Gaza estão ameaçadas pela fome, especialmente no norte do território, onde a destruição, os combates e os saques praticamente impossibilitam a entrega de ajuda humanitária.

Segundo a Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa), quase 2.300 caminhões de ajuda humanitária entraram na Faixa de Gaza em fevereiro, com a média de 82 veículos por dia — quantidade 50% menor do que em janeiro.

Com informações da AFP*

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postado em 29/02/2024 10:49 / atualizado em 29/02/2024 20:20
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