O papa Francisco voltou a criticar nesta sexta-feira (1º) a "ideologia" de gênero, que considerou como "o perigo mais feio", já que "anula as diferenças" entre homens e mulheres.
"É muito importante que haja este encontro, este encontro entre homens e mulheres, porque hoje o perigo mais feio é a ideologia de gênero, que anula as diferenças", declarou Francisco em uma audiência no Vaticano na qual recebeu os participantes de uma conferência sobre o casamento.
"Pedi para fazer estudos sobre essa ideologia ruim do nosso tempo, que apaga as diferenças e torna tudo igual; cancelar a diferença é cancelar a humanidade. Homem e mulher, porém, vivem uma 'tensão' fecunda", afirmou o papa argentino de 87 anos.
O papa disse que leu um romance do início do século XX, escrito pelo filho do arcebispo de Cantuária intitulado: "O Senhor do Mundo". Segundo Francisco, "o romance fala do futurismo e é profético, pois mostra essa tendência de cancelar todas as diferenças", destacou Jorge Mario Bergoglio.
Não é a primeira vez que o papa critica esta teoria segundo a qual a identidade sexual é determinada pela educação e o ambiente e não por diferenças genéticas.
Em 2016, denunciou uma "doutrinação dissimulada" dos livros escolares franceses, influenciados por esta teoria, o que provocou uma onda de críticas na França.
Em 2019, o Vaticano publicou um texto destinado a ajudar os professores das escolas católicas a contestar a "ideologia" de gênero, que "nega a diferença natural entre um homem e uma mulher".
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