VENEZUELA

ONU e União Europeia são convidados para acompanhar eleições na Venezuela

A observação europeia faz parte do acordo firmado por governo e oposição em outubro do ano passado

Elvis Amoroso (C), presidente do CNE, anuncia a data da votação: candidata da oposição barrada -  (crédito: AFP)
Elvis Amoroso (C), presidente do CNE, anuncia a data da votação: candidata da oposição barrada - (crédito: AFP)
postado em 08/03/2024 05:00

A União Europeia (UE), o Centro Carter e um painel de especialistas das Nações Unidas estão entre os convidados a observar a eleição presidencial da Venezuela marcada para 28 de julho, na qual o presidente Nicolás Maduro deve concorrer à mais uma reeleição. Acusado de servir ao chavismo governante, o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) também chamou representantes da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac), do grupo Brics, da Comunidade do Caribe (Caricom), da União Interamericana de Organismos Eleitorais (Uniore) e da União Africana.

“Estendemos um convite para que participem como observadores eleitorais, desde que cumpram os requisitos e regulamentos constitucionais e legais estabelecidos”, disse Elvis Amoros, presidente do CNE, em declaração à imprensa. Em 2021, nas últimas eleições para governadores e prefeitos, a UE, Centro Carter e a ONU enviaram especialistas à Venezuela.

A observação europeia faz parte do acordo firmado por governo e oposição em outubro do ano passado, em Barbados, como parte do mecanismo de diálogo mediado pela Noruega. Uma fonte próxima às negociações esclareceu que essa missão deve ser estritamente técnica, sem atores políticos.

No chavismo havia resistência à visita do bloco europeu, cuja missão de 2021 terminou
de forma abrupta. A delegação deixou o país depois que Nicolás Maduro chamou os observadores de “inimigos” e “espiões”. Em seu relatório à época, a chefe da missão, a euro deputada portuguesa Isabel Santos, identificou melhorias no sistema de votação. No entanto, também apontou irregularidades, como o uso de recursos públicos na campanha, o estabelecimento de pontos de controle do partido do governo em centros de votação e a inabilitação “arbitrária” de candidatos.

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