reajuste salarial

Milei aumenta o próprio salário, volta atrás e revoga decreto

Após críticas, Milei disse que vai revogar a medida e que o aumento foi automático e ocorreu como consequência de um decreto da antecessora

 O anúncio foi feito no sábado (9/3) após o reajuste ser alvo de críticas da sociedade -  (crédito: Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
O anúncio foi feito no sábado (9/3) após o reajuste ser alvo de críticas da sociedade - (crédito: Anna Moneymaker / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / Getty Images via AFP)
postado em 10/03/2024 14:25

O presidente da Argentina, Javier Milei, revogou o decreto que aumentava em quase 50% o seu salário e de ministros, 20% a mais que o reajuste concedido no salário mínimo para trabalhadores em uma decisão de 21 de fevereiro. 

Após diversas críticas em relação ao decreto, Milei declarou que irá revogar a medida com a justificativa de que a decisão do aumento veio da ex-presidente Cristina Kirchner.

"Acabo de ser informado que em decorrência de um decreto assinado pela ex-presidente Cristina Kirchner em 2010, que estabelecia que os dirigentes políticos deveriam ganhar sempre mais que os funcionários da administração pública, foi concedido um aumento automático aos quadros políticos deste governo", escreveu em uma rede social.

O gabinete presidencial também emitiu uma nota justificando que o aumento teria sido aprovado de forma automática devido ao decreto assinado pela ex-presidente. "A situação herdada é crítica, e os argentinos estão fazendo um sacrifício heroico. É tempo de os políticos pagarem o custo do que provocaram", afirmou o governo.

Oposição

Cristina Kirchner rebateu as acusações do atual presidente da Argentina. Em um post publicado em uma rede social, Kirchner disse que Milei está destruindo as pensões e os salários dos argentinos.

"Quero pensar que o senhor lê o que assina, não é? No [decreto sobre aumento] de janeiro, o senhor não incluiu expressamente as autoridades, e no de fevereiro o senhor e os seus funcionários foram incluídos", disse Kirchner.

A ex-presidente da Argentina rebateu ainda que o decreto foi assinado por ela há 14 anos e não tem nada a ver com o atual reajuste salarial do presidente.

Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Ícone do whatsapp
Ícone do telegram

Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação