O anúncio foi feito por meio de vídeo de 2 minutos e 20 segundos, gravado na última quarta-feira, no jardim do Castelo de Windsor, 44 dias depois de o Palácio de Buckingham revelar que o rei Charles III foi diagnosticado com câncer. Sentada em um banco no jardim, a princesa de Gales, Catherine (Kate) Middleton, 42 anos, esposa de William e nora do monarca, pôs fim aos rumores e anunciou que também luta contra um tumor.
- A trajetória de Kate Middleton, a princesa de Gales
- O que se sabe sobre diagnóstico de câncer de Kate Middleton?
"Têm sido dois meses incrivelmente duros para toda nossa família, mas eu tenho uma equipe fantástica de médicos que cuidam de mim, pelos quais sou tão grata", afirmou Kate. "Em janeiro, fui submetida a uma grande cirurgia abdominal, em Londres. Naquele momento, pensava-se que minha condição não fosse cancerígena. A cirurgia foi um sucesso. No entanto, exames revelaram a presença de câncer. Minha equipe médica me aconselhou, portanto, a fazer uma quimioterapia preventiva, e estou nas fases iniciais desse tratamento", acrescentou.
Kate admitiu que o diagnóstico representou "um grande choque" e disse ter feito o possível "para processar e administrar" a informação de forma privada. "O mais importante é que levou tempo para explicar tudo a George, Charlotte e Louis de um modo adequada, e para tranquilizá-los de que vou ficar bem", sublinhou. A princesa disse que está bem, "ficando mais forte a cada dia" e se concentrando na mente, no corpo e no espírito.
Ela elogiou William, "uma grande fonte de conforto e segurança". "Significa muito para nós dois. Esperamos que vocês entendam que, como família, precisamos agora de algum tempo, espaço e privacidade enquanto termino o meu tratamento." Kate também enviou um recado às pessoas que enfrentam o câncer: "Não percam a fé nem a esperança, vocês não estão sozinhos". Horas depois, o Palácio de Kensington avisou que não forneceria mais informações sobre a doença. As especulações em torno da saúde dela aumentaram depois da divulgação, em 10 de março, de uma fotografia em que Kate aparecia com o marido e os três filhos. No dia seguinte, ela pediu desculpas por ter manipulado a foto — a primeira desde a cirurgia abdominal.
O rei Charles III se declarou "orgulhoso" de Kate pela sua "coragem em falar como falou". Em nota, ele relatou que tem permanecido em "contato mais próximo com sua amada nora durante as últimas semanas" e prometeu que continuará a "enviar seu amor e apoio a toda a família". Harry, irmão de William, e a esposa, Meghan, desejaram "saúde e cura para Kate e a família". "Esperamos que possam fazê-lo privadamente e em paz", disse o casal, radicado na Califórnia.
Redução de risco
Shivan Sivakumar — professor de oncologia da Universidade de Birmingham (Reino Unido) — explicou ao Correio que não é possível inferir o tipo de tumor que acomete a princesa, mas sublinhou que o abdome cobre o trato gastrointestinal e os órgãos geniturinários e reprodutivos. "Creio que quando se referem à quimioterapia preventiva, o que na verdade querem dizer é algo que chamamos de 'quimioterapia adjuvante'. É uma quimioterapia depois de uma cirurgia para reduzir o risco de recorrência de um câncer."
Historiadora e autora de livros sobre a monarquia britânica — como The Tudors in Love e The Queen´s Mary —, Sarah Gristwood admitiu ao Correio que a notícia foi recebida com uma grande onda de simpatia pelos britânicos. "Mas, acompanhada de certa hostilidade para com todos aqueles que promoveram teorias da conspiração", comentou. De acordo com ela, nenhum dos especialistas tinha certeza sobre o que pensar do sumiço de Kate. "Havia um questionamento sobre o motivo pelo qual ela não apareceu em público, a fim de refutar os rumores. Vejo que o Palácio de Kensington não queria ser intimidado e buscou traçar um limite de privacidade."
EU ACHO...
"Não consigo pensar em nenhum momento parecido para amonarquia britânica. O fato de um rei e uma princesa terem sido diagnosticados com câncer parece sem precedentes.Isso deixa a família real seriamente esgotada, com Harry ausente, (o príncipe) Andrew em desgraça e, agora, com dois de seus membros provavelmente fora dos holofotes por algum tempo."
Sarah Gristwood, historiadora, escritora de livros sobre a monarquia, moradora de Kent (Reino Unido)
Eu acho...
"Não consigo pensar em nenhum momento parecido para amonarquia britânica. O fato de um rei e uma princesa terem sido diagnosticados com câncer parece sem precedentes.Isso deixa a família real seriamente esgotada, com Harry ausente, (o príncipe) Andrew em desgraça e, agora, com dois de seus membros provavelmente fora dos holofotes por algum tempo."
Sarah Gristwood, historiadora, escritora de livros sobre a monarquia, moradora de Kent (Reino Unido)
Gostou da matéria? Escolha como acompanhar as principais notícias do Correio:
Dê a sua opinião! O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores pelo e-mail sredat.df@dabr.com.br