Guerra na Ucrânia

Governo dos EUA avalia permitir que Ucrânia use armas americanas na Rússia

As declarações vieram durante uma coletiva de imprensa do secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, após reunião com o presidente da Moldávia

Esta fotografia tirada e divulgada pelo serviço de imprensa presidencial ucraniano em Kharkiv, em 24 de maio de 2024, mostra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitando uma gráfica que foi destruída por um bombardeio russo       -  (crédito: HANDOUT / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP)
Esta fotografia tirada e divulgada pelo serviço de imprensa presidencial ucraniano em Kharkiv, em 24 de maio de 2024, mostra o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, visitando uma gráfica que foi destruída por um bombardeio russo - (crédito: HANDOUT / UKRAINIAN PRESIDENTIAL PRESS SERVICE / AFP)

O secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, disse nesta quarta-feira, 29, que os EUA estão avaliando a ideia de permitir que a Ucrânia ataque o território russo com armas fornecidas pelos americanos. As declarações vieram durante uma coletiva de imprensa após reunião com o presidente da Moldávia.

Esta foi a primeira vez que um alto funcionário do governo do presidente Joe Biden indicou publicamente que os EUA estão considerando uma mudança política. Anteriormente, os EUA disseram que não permitiriam que a Ucrânia atacasse alvos em território russo com mísseis ou outras armas americanas.

As observações de Blinken vêm depois de declarações de uma série de autoridades europeias, que disseram ser a favor de permitir que a Ucrânia use armas fornecidas pelo Ocidente contra alvos em território russo que Moscou tem usado como palco para a sua invasão.

Jens Stoltenberg, secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), disse no início desta semana que "chegou a hora de considerar se será certo suspender algumas das restrições" à Ucrânia.

Funcionários do governo Biden reconheceram que uma mudança política está sendo considerada, mas disseram que uma decisão da Casa Branca ainda não foi tomada.

"Não encorajamos nem permitimos ataques com armas dos EUA em solo russo", disse o porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby, após os comentários de Blinken. "O nosso apoio à Ucrânia evoluiu de forma adequada à medida que as condições do campo de batalha evoluíram, e isso não vai mudar, mas neste momento também não há mudanças na nossa política", afirmou.

O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse em setembro de 2022 que os EUA "cruzariam a linha vermelha" e seriam considerados uma "parte direta no conflito" aos olhos do Kremlin se fornecessem mísseis de longo alcance a Kiev. Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, alertou que o uso de armas fornecidas pelo Ocidente para atacar o território russo poderia representar o risco de uma escalada e, ele sugeriu, de retaliação.

No início deste mês, o Reino Unido sugeriu que a Ucrânia tinha o direito de usar armas fornecidas pelos britânicos contra alvos na Rússia. Na terça-feira, o presidente francês, Emmanuel Macron, disse que a Ucrânia deveria ter permissão para atacar locais de mísseis na Rússia que estão sendo usados para atacar a Ucrânia.

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postado em 29/05/2024 22:11
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