
Nesta sexta-feira (17/1), a Suprema Corte dos EUA decidiu que a proibição da rede social TikTok pode entrar em vigor neste fim de semana. O recurso dos donos do aplicativo chinês, que alegava violação da Primeira Emenda americana, foi rejeitado.
Seguindo alertas da administração de Joe Biden, cujo mandato termina na segunda-feira (20/1), o aplicativo representa uma ameaça grave à segurança nacional devido à conexão com a China. A proibição pode entrar em vigor a partir de domingo (19/1).
Segundo a rede CNN, as mudanças para os 170 milhões de usuários norte-americanos do aplicativo ainda não foram definidas.
Entretanto, a medida pode ser alterada com a posse presidencial do republicano Donald Trump na segunda-feira (20/1). Na rede Truth Social, Trump afirmou: "a decisão sobre o TikTok será tomada em um futuro não muito distante, mas primeiro preciso analisar a situação". O presidente eleito acrescentou que a decisão da Corte era esperada e precisa ser respeitada. Biden indicou que o problema será resolvido pelo futuro ocupante da Casa Branca.
Trump ainda convidou o CEO do TikTok, Shou Chew, para a posse presidencial em uma posição de honra no palco. Segundo o jornal The Washington Post, Trump daria entre 60 e 90 dias para encontrar uma solução para manter o aplicativo acessível para os estadunidenses.
A decisão da Suprema Corte diz que a lei aprovada no governo Biden sobre o TikTok pode ser seguida. A lei prevê que as operações do aplicativo nos EUA sejam vendidas a uma empresa americana ou que o app saia do país.
Uma das soluções discutidas pelo governo chinês seria a compra do aplicativo pelo bilionário Elon Musk, dono do X (antigo Twitter). Musk é próximo de Trump e deve ter mais poder no novo governo.
Outro interessado em assumir os ativos da empresa chinesa nos EUA é o grupo de defesa da internet Project Liberty, do empresário Frank McCourt. O grupo disse ter apresentado uma proposta para comprar o TikTok, segundo a CNBC.