DIPLOMACIA

Peru e Colômbia reatam relações diplomáticas após dois anos distanciados

Relações entre os dois países esfriaram em março de 2023, quando Lima retirou seu embaixador de Bogotá por "ingerências" do presidente Gustavo Petro

Ministro das Relações Exteriores do Peru, Elmer Schialer Salcedo (D), aperta a mão da ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Laura Sarabia Torres, durante reunião em Lima em 14 de março de 2025 -  (crédito: AFP/MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO PERU/FOLHETO)
Ministro das Relações Exteriores do Peru, Elmer Schialer Salcedo (D), aperta a mão da ministra das Relações Exteriores da Colômbia, Laura Sarabia Torres, durante reunião em Lima em 14 de março de 2025 - (crédito: AFP/MINISTÉRIO DAS RELAÇÕES EXTERIORES DO PERU/FOLHETO)

Os ministros das Relações Exteriores do Peru e Colômbia concordaram, nesta sexta-feira (14), em Lima, relançar as relações bilaterais entre os dois países, interrompidas desde 2023 após a destituição do presidente esquerdista Pedro Castillo e sua substituição pela conservadora Dina Boluarte. 

"Ambos os ministros das Relações Exteriores manifestaram sua satisfação pela recente designação de embaixadores em seus respectivos países, cujo início de funções permitirá projetar a relação bilateral ao nível que corresponde aos laços bicentenários que vinculam o Peru e a Colômbia", indicou um comunicado da chancelaria.

O anúncio foi precedido por uma reunião privada do chanceler peruano, Elmer Schialer, com a contraparte colombiana, Laura Sarabia.

"Colômbia e Peru reforçam suas relações bilaterais, reafirmando seus laços históricos de amizade!", destacou a chancelaria da Colômbia no X.

As relações entre os dois países esfriaram em março de 2023, quando Lima retirou seu embaixador de Bogotá por "ingerências" do presidente Gustavo Petro.

Em tais declarações, Petro rejeitava que o ex-presidente Castillo (2021-2022) tivesse tentado dar um golpe de Estado em dezembro de 2022.

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Petro também não reconhecia Boluarte como presidente peruana. Ela era vice-presidente de Castillo e assumiu em meio a protestos exigindo sua renúncia, que foram duramente reprimidos deixando 50 mortos. 

Castillo, que está em prisão preventiva, está sendo julgado por rebelião após sua tentativa fracassada de dissolver o Congresso em 7 de dezembro de 2022.

Agence France-Presse
AF
postado em 14/03/2025 21:33
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