BOTSUANA

Por pouco! O segredo da turista que sobreviveu ao ataque de elefante

Barco com turistas se aproximou de uma elefanta com filhotes. Animal resolveu revidar

Elefante perseguiu grupo de turistas em safari -  (crédito: Reprodução / redes sociais)
Elefante perseguiu grupo de turistas em safari - (crédito: Reprodução / redes sociais)

Um grupo de turistas britânicos e norte-americanos foi atacado por um elefante, no sábado (27/9), durante um passeio de canoa no Delta do Okavango, em Botsuana, na África. A cena, registrada em vídeo e divulgada pela imprensa internacional, mostra o animal avançando em fúria contra duas embarcações, lançando as pessoas em águas cheias de crocodilos. 

Segundo o jornal britânico The Sun, o ataque aconteceu no Dia Mundial do Turismo. O barco com turistas se aproximou de uma elefanta com filhotes, o macho resolveu proteger a família, correndo atrás dos humanos. Apesar da gravidade, não houve registro de feridos.

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As imagens mostram o momento em que o animal se aproxima rapidamente e usa a tromba e as presas para virar as canoas conhecidas como Makoro, tradicionais na região. Os quatro turistas caem na água, enquanto os guias correm para a margem em busca de segurança.

Em seguida, o elefante retorna e atinge uma das mulheres com a tromba, derrubando-a debaixo d’água. Por pouco, as presas não acertam a mulher. Segundo especialistas, ela só sobreviveu porque o animal a perdeu de vista na água turva e se afastou após cerca de 10 segundos, permitindo que a vítima fosse resgatada pelo marido.

Comportamento dos elefantes é normal

De acordo com especialistas locais, os guias se aproximaram demais de uma elefanta com dois filhotes, o que teria provocado a reação agressiva do macho da manada. “Eles tiveram muita sorte. O grupo poderia ter sido facilmente morto”, avaliou o ex-guarda florestal sul-africano Kakwele Sinyina ao The Sun. 

“Este macho atacou porque estava protegendo seus filhotes. Parece que houve um erro de cálculo dos guias em relação à distância segura”, disse Sinyina.

O Delta do Okavango é considerado Patrimônio Mundial da Unesco e o maior delta interior do planeta, formado pelo Rio Cubango ao encontrar uma falha tectônica no Deserto do Kalahari. A região é famosa pela diversidade de fauna e flora e atrai cerca de 2 milhões de turistas por ano. Considerada uma das mais ricas em biodiversidade da África, a área também abriga hipopótamos e crocodilos, o que aumentou o risco para os turistas lançados na água.

Elefantes podem matar?

  • Os elefantes machos africanos podem atingir até quatro metros de altura e correr a 40 km/h. Segundo estimativas, há cerca de 415 mil elefantes no continente, espécie considerada ameaçada de extinção. Incidentes não são incomuns: os animais matam, em média, 500 pessoas por ano.
  • Um único golpe com a tromba ou presas é capaz de derrubar, esmagar ou lançar pessoas e veículos.
    Durante ataques, elefantes podem virar carros, canoas e até estruturas leves, como cercas ou pequenas cabanas.
  • As presas podem perfurar ou golpear fatalmente.
  • A tromba, embora usada para manipular objetos, pode jogar pessoas no chão ou na água, causando afogamento ou lesões graves.
  • Em julho, duas turistas — uma britânica e uma neozelandesa — morreram em um ataque de elefante durante um safári a pé no Parque Nacional South Luangwa, na Zâmbia.
  • No próprio Delta do Okavango, turistas já haviam sido surpreendidos em outro episódio, quando uma fêmea tentou virar um barco de alumínio após ser abordada com o filhote.

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MD
postado em 30/09/2025 14:50 / atualizado em 30/09/2025 14:53
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