PROTESTOS

Exército nepalês patrulha ruas da capital após protestos que provocaram renúncia do primeiro-ministro

Na segunda-feira (8), a polícia nepalesa reprimiu violentamente uma onda de protestos contra a corrupção e uma decisão do governo de bloquear as redes sociais, em confrontos que deixaram 19 mortos e centenas de feridos.

O Exército do Nepal patrulhava as ruas da capital Katmandu nesta quarta-feira (10), um dia após a jornada de protestos violentos, quando manifestantes incendiaram o Parlamento e o primeiro-ministro KP Sharma Oli renunciou ao cargo.

Na segunda-feira (8), a polícia nepalesa reprimiu violentamente uma onda de protestos contra a corrupção e uma decisão do governo de bloquear as redes sociais, em confrontos que deixaram 19 mortos e centenas de feridos. 

Apesar do restabelecimento de plataformas como Facebook, X ou YouTube, a promessa de uma investigação sobre a violência policial e a renúncia de Oli, grupos de jovens manifestantes saquearam na terça-feira edifícios públicos e residências de vários líderes políticos.

O Parlamento foi incendiado, assim como a residência do então primeiro-ministro.

"Esta manhã está tudo tranquilo, o Exército está em todas as ruas", declarou à AFP um militar posicionado em uma barricada, que se recusou a revelar sua identidade porque não está autorizado a falar com a imprensa.

Até o momento, as autoridades não divulgaram um balanço sobre os distúrbios de terça-feira (9).

O Exército nepalês pediu calma à população do país do Himalaia, de 30 milhões de habitantes, e fez uma advertência sobre "atividades que poderiam levar o país aos distúrbios e à instabilidade".

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Oli, 73 anos, que voltou ao poder em 2024, anunciou que renunciava "para que se possam tomar medidas visando uma solução política".

O presidente do país, Ramchandra Paudel, também fez um apelo "a todos, incluindo os manifestantes, que cooperem para resolver pacificamente a situação difícil do país".

A ONU e a vizinha Índia também fizeram apelos por calma e moderação.

PRABIN RANABHAT / AFP -
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Anup OJHA / AFP -
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