EUA

Trump confirma que autorizou operações terrestres na Venezuela

Informação, que já havia sido revelada pelo jornal 'The New York Times', foi confirmada em uma entrevista coletiva na Casa Branca

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, confirmou nesta quarta-feira (15/10) que autorizou operações secretas da Agência Central de Inteligência (CIA, em inglês) na Venezuela. O norte-americano também confirmou que estuda realizar ataques terrestres contra carteis de drogas venezuelanos. 

A informação, que já havia sido revelada pelo jornal The New York Times, foi confirmada em uma entrevista coletiva na Casa Branca. Perguntado se o objetivo final é derrubar o presidente venezuelano Nicolás Maduro, Trump preferiu não responder.

“Essa seria uma pergunta ridícula para eu responder. Mas acho que a Venezuela está sentindo a pressão, e outros países também”, afirmou. No entanto, o jornal norte-americano declara que fontes privadas já informaram que o objetivo é realmente a derrubada de Maduro.

Mais cedo, a Força Aérea dos Estados Unidos enviou três bombardeiros B-52 para um voo na costa venezuelana. As aeronaves, modeladas para bombardeios pesados, chegaram a menos de 200km de Caracas. 

Escalada de tensões

A situação entre Estados Unidos e Venezuela vem se agravando nos últimos meses. Forças estadunidenses já bombardearam diversas embarcações no sul do Caribe, matando 27 pessoas. Trump justifica o uso da força com o combate ao tráfico de drogas internacional. 

Uma frota militar com cerca de 4.000 fuzileiros navais norte-americanos está mobilizada na costa da Venezuela desde agosto. Aviões espiões e um navio nuclear também compõem a formação militar.

"Cada barco que destruímos, salvamos 25 mil vidas de americanos", declara. "Não quero dizer exatamente, mas certamente estamos olhando para a terra agora, porque temos o mar muito bem controlado".

Trump também acusa Maduro de comandar o Cartel de Los Soles, grupo classificado pelos Estados Unidos como uma organização terrorista. Uma recompensa de US$ 50 milhões pelo presidente venezuelano foi colocada por Washington.

Em resposta às ameaças, Maduro mobilizou militares e milícias formadas por cidadãos venezuelanos e ordenou treinamentos para uma possível invasão. “Vamos ativar toda a força militar de defesa integral, popular, militar e policial, ativadas e unidas”, afirmou Maduro em uma gravação de áudio divulgada no Telegram.

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