
Milhões de pessoas ao redor do mundo podem enfrentar a fome ou o risco de escassez alimentar, alertaram nesta quarta-feira (12) os dois organismos da ONU dedicados à alimentação e à agricultura, em um contexto marcado pela falta de financiamento.
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De acordo com um relatório conjunto da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e do Programa Mundial de Alimentos (PMA), a insegurança alimentar aguda está se agravando, afetando 16 regiões do planeta.
"Os conflitos, os choques econômicos, os fenômenos meteorológicos extremos e a insuficiência crítica de fundos estão exacerbando condições já desastrosas", afirmaram a FAO e o PMA, ambos com sede em Roma, em um comunicado conjunto.
"Haiti, Mali, Palestina, Sudão do Sul, Sudão e Iêmen"estão entre os países mais afetados, "onde as populações enfrentam um risco iminente de fome catastrófica", destaca o relatório.
Afeganistão, República Democrática do Congo, Mianmar, Nigéria, Somália e Síria também são considerados em uma situação "muito preocupante".
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As outras quatro áreas críticas identificadas são Burkina Faso, Chade, Quênia e os refugiados rohingyas em Bangladesh.
"Estamos à beira de uma catástrofe alimentar totalmente evitável que ameaça causar uma fome generalizada em vários países", alertou Cindy McCain, diretora executiva do PMA, citada no comunicado, acrescentando que "não agir agora apenas agravará a instabilidade".
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O relatório também alerta que o financiamento da ajuda humanitária é "perigosamente insuficiente", especificando que dos 29 bilhões de dólares (152 bilhões de reais) necessários para assistir as populações vulneráveis, apenas 10,5 bilhões (55,3 bilhões de reais) foram recebidos, levando a ajuda alimentar aos refugiados "à beira do colapso".

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