O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, concedeu nesta segunda-feira (10/11) perdão presidencial a seu ex-advogado Rudy Giuliani e a outros 76 aliados políticos investigados por envolvimento nas tentativas de reverter o resultado da eleição de 2020, vencida pelo democrata Joe Biden.
A decisão foi divulgada por meio de uma lista publicada pelo procurador do Departamento de Justiça responsável por indultos, Ed Martin, que comemorou a medida nas redes sociais. “Importante perdão aos eleitores alternativos de 2020!!”, escreveu Martin em uma publicação no X, relembrando sua promessa de que “nenhum Maga será deixado para trás” — referência ao slogan “Make America Great Again”, marca do movimento político de Trump.
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De acordo com a ordem executiva assinada pelo presidente, os perdoados recebem “perdão total, completo e incondicional” por condutas relacionadas à “organização, apoio ou defesa de listas de eleitores presidenciais alternativas” e por ações vinculadas aos esforços para expor supostas fraudes na eleição de 2020 — alegações que nunca foram comprovadas.
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Entre os beneficiados estão nomes centrais nas tentativas de contestar o pleito, como Mark Meadows, Sidney Powell, John Eastman, Jenna Ellis, Kenneth Chesebro, Christina Bobb e o próprio Giuliani, ex-prefeito de Nova York e figura de destaque na estratégia jurídica de Trump após a derrota eleitoral.
O perdão presidencial é um poder quase ilimitado previsto na Constituição dos Estados Unidos. Ele pode ser concedido a qualquer pessoa acusada de crime federal, com duas exceções: não se aplica a casos de impeachment e não alcança crimes estaduais. Quando o decreto é emitido, as acusações federais relacionadas são anuladas, e eventuais condenações deixam de ter efeito.
Trump, que em seu segundo mandato já havia concedido perdão a mais de 1.500 apoiadores envolvidos na invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021, deixou claro que a medida não se estende a ele próprio, numa tentativa de evitar interpretações de admissão de culpa.
Giuliani, um dos principais beneficiados, chegou a ser preso em 2023 no estado da Geórgia, acusado de participar de um esquema para anular os resultados das eleições. O advogado pagou fiança e respondia a processos criminais e civis.
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