As Forças Armadas dos Estados Unidos interceptaram e apreenderam, nesta quarta-feira (10/12), um navio petroleiro perto da costa da Venezuela, segundo confirmou o presidente norte-americano, Donald Trump, em evento na Casa Branca. O governo dos EUA não divulgou o nome da embarcação, bandeira ou o ponto exato da operação, mas afirmou que a ação foi realizada "por uma boa razão".
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A procuradora-geral do EUA, Pam Bondi, divulgou um vídeo da operação e explicou, em publicação no X, que a apreensão ocorreu com base em um mandado judicial. Segundo ela, o petroleiro vinha sendo utilizado para transportar petróleo sancionado da Venezuela e do Irã e integrava, há anos, uma rede ilícita de fornecimento que apoiaria organizações terroristas estrangeiras.
Fontes ouvidas pela emissora americana CBS News afirmaram que a embarcação seria o "The Skipper", sancionada desde 2022.
Em um evento em Caracas, o presidente da Venezuela Nicolás Maduro respondeu de forma direta, acusando os Estados Unidos de ações na região. Sem citar o navio, criticou o que chamou de "políticas de mudança de regime, golpes de Estado e invasões" conduzidas pelo país nas últimas décadas.
"Da Venezuela, pedimos e exigimos o fim do intervencionismo ilegal e brutal dos Estados Unidos, basta de políticas de mudança de regime, golpes de Estado e invasões no mundo. 'No more' (não mais) Vietnã. 'No more' Somália. 'No more' Iraque. 'No more' Afeganistão. 'No more' Líbia. Basta de guerras eternas e imperiais", disse, em discurso.
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A ação ocorre em um momento de forte aumento da presença militar norte-americana no Caribe. O país mobilizou um porta-aviões, caças e dezenas de milhares de soldados sob a justificativa de reforçar o combate ao tráfico de drogas.
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