OPINIÃO

Vida longa ao cinema: indústria se recupera após o duro golpe da covid

Roberto Fonseca
postado em 05/11/2021 06:00
Gabriel Leone e Alice Braga vivem Eduardo e Mônica -  (crédito: Divulgação)
Gabriel Leone e Alice Braga vivem Eduardo e Mônica - (crédito: Divulgação)

Um dos filmes mais aguardados pelo brasilienses tem data de estreia definida. O longa Eduardo e Mônica, baseado na música homônima da Legião Urbana e com a direção de René Sampaio, chegará às salas de cinema na primeira quinta-feira de 2022: 6 de janeiro. Se tem um setor que foi atingido em cheio pela pandemia do novo coronavírus foi a indústria cinematográfica, e ver a retomada da atividade é um alento para os amantes da sétima arte.

Digo isso porque, depois de quase dois anos, voltei esta semana a frequentar uma sala de cinema. Estava com saudades. Acompanhado da minha filha de 19 anos, escolhemos um horário mais tranquilo e com pouca gente. Afinal, mesmo com a imunização completa contra a covid-19, o vírus está por aí e todo cuidado ainda é pouco. Nós e mais 11 pessoas dividimos o ambiente, todos com o devido distanciamento social.

Nas mais de duas horas e meia de filme — aliás, recomendo Duna, que retrata uma viagem pelo universo, num ambiente futurista digno da ficção científica, e feito para ser assistido na tela grande —, me peguei pensando em quando teremos uma sala lotada novamente. Está perto? Longe? Com a volta do epicentro da pandemia mais uma vez para a Europa, corremos o risco de ver se repetir em 2022 tudo o que ocorreu por aqui nos últimos 20 meses? Sinceramente, ninguém tem a resposta.

Voltar a uma sala de cinema me fez lembrar de grandes clássicos: E.T. — o extraterrestre, que marcou a minha estreia; Pulp Fiction: tempo de violência; Titanic; Clube da luta; Quero ser John Malkovich; Bacurau e Bohemian Raphsody são alguns dos que me marcaram. Em relação a todos esses filmes enumerados, lembro do local e das companhias. Algumas reações seguem vivas na memória.

Eleito o melhor filme estrangeiro no Festival de Cinema de Edmonton, no Canadá, Eduardo e Mônica ainda é uma incógnita para mim. Como nasci, cresci e só morei em Brasília até hoje, a história do casal que marcou de se encontrar no Parque da Cidade habita o meu cotidiano desde a infância. De vez em quando, me pego cantarolando no banheiro. E, na minha opinião, o mais bacana do cinema é isso: aguardar a data de estreia de uma película. Uma expectativa bem saudável. Concorda?

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