Aniversário de Brasília

Ana Dubeux: O Correio é Brasília, sempre foi e sempre será

Ana Dubeux
postado em 21/04/2022 06:00 / atualizado em 21/04/2022 16:42
Sede do Correio Braziliense em 1960: o jornal nasceu com a capital -  (crédito: Reprodução)
Sede do Correio Braziliense em 1960: o jornal nasceu com a capital - (crédito: Reprodução)

Folheando as páginas do Centro de Documentação (Cedoc) com o Chico Lima, vi o Brasil de ontem e de hoje visitando o prédio do Correio.

Presidentes, médicos, governadores, artistas. Os inúmeros visitantes que estiveram aqui: Juscelino Kubitschek inaugurando a cidade e a nossa sede; o arquiteto Oscar Niemeyer; Glauber Rocha, que foi um colaborador; Tancredo Neves; Ziraldo; Zagalo; Cássia Eller; Renato Russo, que fez estágio na rádio Clube do mesmo grupo; o educador Pompeu de Souza; Marta, a melhor do mundo no futebol feminino.

Foram tantas e tão inspiradoras as nossas visitas. Tantos os que vimos crescer e ganhar asas para o sucesso; tantos que, depois de ganhar asas, aterrissaram por aqui neste prédio, que guarda histórias valiosas de momentos únicos. Chico Lima é mestre incansável nesse resgate e na função espetacular de não deixar empoeirar vistas cansadas do presente.

 

  • Equipe do Correio Braziliense Arquivo Pessoal
  • Equipe do Correio Braziliense Arquivo Pessoal

Tive a sorte de recepcionar grandes nomes, bem como de estar em grandes coberturas. O Correio, como monumento de uma memória viva da cidade, ainda guarda páginas de todas as fases, histórias de todos os grandes nomes que construíram, passaram e ficaram por aqui.

As visitas se tornaram tradição e se estendem às crianças, que passam por nossos corredores e ganham aplausos da redação, numa reverência ao futuro que, por tradição e por teimosia, sabemos que vamos documentar.

Em 62 anos, Brasília já foi muito e o Correio viu toda essa evolução com olhos atentos, assim como escutou as queixas, contou as dores e testemunhou o nascer de cidades, gerações, talentos, novos hábitos e costumes.

Aos poucos, ajudamos também a desfazer mitos, como o de uma cidade sem esquinas, sem sotaque, povoada por vizinhos que não se falam, como mostramos em nosso caderno especial de hoje, em mais um aniversário compartilhado.

Hoje, o Correio faz 62 anos também. Celebramos com uma exposição linda no CCBB, com as capas de todos os aniversários, sempre em homenagem a Brasília, a capital que se fez maior que o próprio projeto e cresceu sem fazer sombra à sua memória, ainda um tesouro guardado e disponível em nossas páginas.

É destino que chama? Um jornal feito para contar o nascer e o crescer de uma cidade em construção. Para narrar os fatos mais importantes e as visitas mais ilustres. Para guardar o passado e honrar a trajetória de tantos jovens jornalistas que se formaram nessa redação — tenho certeza que eles também guardam fotos e autógrafos das visitas aqui. Faz parte do nosso show. E que bom que é assim!

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