O policial militar aposentado Fabrício Queiroz deixou, na manhã desta sexta-feira (14/8), o apartamento no Rio de Janeiro onde cumpria prisão domiciliar junto com a esposa, Márcia Aguiar. Segundo informações do jornal O Globo, Queiroz saiu para realizar exames em um laboratório. A saída, conforme o jornal, já estava agendada e autorizada pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ).
Na última quinta-feira (13/8), o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Félix Fischer revogou a liminar do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio Noronha, que concedeu prisão domiciliar a Queiroz e a Márcia. Saíram do edifício dois carros, um preto e outro do TJ-RJ.
A decisão do ministro Félix Fischer atendeu a um pedido do Ministério Público. A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio informou que ainda não foi notificada sobre pedido de prisão contra os dois.
Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ) na época em que ele era deputado estadual no Rio de Janeiro, é investigado em um esquema que apura desvio de salário de servidores da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), conhecido como 'rachadinha'.
O suposto esquema
A investigação, do Ministério Público do Rio (MP-RJ), aponta que o esquema chega ao gabinete de Flávio e que Queiroz atuaria nas ações criminosas. Ele foi preso no último dia 18 de junho em um imóvel em Atibaia (SP) de Frederick Wassef, que até então era advogado do parlamentar no caso e também do presidente Jair Bolsonaro. Após o caso, Wassef deixou a defesa do senador.
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Em 9 de julho, o ministro Noronha decidiu pela prisão domiciliar dele e de Márcia, que estava foragida desde a prisão de Queiroz. Uma manifestação enviada pelo subprocurador-geral da República Roberto Luís Oppermann Thomé ao STJ chegou a argumentar que Márcia teve a prisão preventiva revogada quando ainda estava foragida e que isso não encontra respaldo na jurisprudência do Poder Judiciário.
Pouco depois da prisão de Queiroz, em 25 de junho, o senador Flávio Bolsonaro conseguiu na 3ª Câmara Criminal do TJ-RJ o direito ao foro privilegiado no caso das rachadinhas, levando o processo ao Órgão Especial do TJ e retirando das mãos do juiz Flávio Itabaiana, da 27ª Vara Criminal.
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