Eleições

TSE estuda adotar voto on-line ou por app nas eleições de 2022

Segundo o ministro Barroso, a medida está em avaliação e deve preencher três requisitos: segurança da votação, proteção ao sigilo do voto e eficiência

Samara Schwingel
postado em 15/11/2020 17:32 / atualizado em 15/11/2020 17:33
 (crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)
(crédito: Marcelo Ferreira/CB/D.A. Press)

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou, na manhã deste domingo (15/11), que o órgão estuda a possibilidade de adotar o voto on-line ou por aplicativo nas eleições de 2022. Durante o evento de demonstração do projeto Eleições do Futuro, em Valparaíso (GO), o ministro declarou que a implementação de um novo sistema eleitoral depende do sucesso das propostas do programa que serão avaliadas pelo TSE

Lançado em setembro deste ano, o Eleições do Futuro tem o objetivo de iniciar estudos e avaliações para eventual implementação de inovações no sistema eleitoral. As propostas deverão preencher três requisitos: segurança da votação, proteção ao sigilo do voto e eficiência. Neste domingo, quatro empresas apresentaram propostas de inovação ao presidente do TSE. São elas: Infolog Tecnologia, GoLedger, RelataSoft, Smartmatic. 

Após o pleito municipal deste ano, o Tribunal deve avançar nas avaliações e definir se vai adotar um novo sistema para as eleições de 2022. “A implementação de um aplicativo nas eleições de 2022 vai depender do andamento dos estudos”, ressaltou Barroso. 

Apesar disso, o ministro se mostrou animado com a possibilidade de alterar e simplificar o sistema eleitoral do Brasil. “As urnas se tornam obsoletas com o passar do tempo e precisam ser substituídas. A cada dois anos, trocamos cerca de 20% delas. Com a alta do dólar esse valor pode chegar a R$1 bilhão.”

Exclusão digital

Mesmo com a possibilidade de ter apoio de empresas privadas para implementação de um novo tipo de processo, o TSE continuará sob o comando do sistema de votação. Além disso, Barroso avaliou que não será possível realizar a transição por completo.

"A exclusão digital no mundo contemporâneo é um grande problema. Precisamos universalizar, com qualidade, o acesso à internet. Porém, onde a internet ainda não tenha chegado, teremos que procurar alternativas. Por isso, pode não ser possível digitalizar 100%", completou. 

Instabilidade do E-Título 

O presidente do TSE também comentou sobre as instabilidades apresentadas pelo aplicativo E-Título na manhã deste domingo. Segundo ele, os problemas foram causados pela grande quantidade de acessos nas últimas horas. “Só neste sábado, houve 3 milhões de downloads do app. As pessoas deixaram para baixa-lo no último dia e na última hora e com muitos acessos ele apresentou instabilidade”, disse.

Apesar disso, o ministro garantiu que o app está operando normalmente. “Ele segue funcionando. Solidarizo com quem deixou para a última hora, mas nós pedimos que as pessoas o baixassem com antecedência”, completou. 

 

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